Moeda chinesa: a desaceleração econômica do país coincide com um período de grande volatilidade na Bolsa de Xangai, o principal mercado financeiro da China (.)
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2015 às 07h36.
A economia chinesa registrou, no terceiro trimestre deste ano, o mais baixo crescimento desde o pico da crise financeira internacional (6,9%), mas dentro da meta do governo chinês para 2015, "cerca de 7%".
Entre junho e setembro, o Produto Interno Bruto chinês aumentou para 48,78 biliões de yuan (6,75 bilhões de euros), anunciou hoje (19) o Gabinete Nacional de Estatísticas da China.
A queda é 0,1%, em relação à taxa registrada no trimestre anterior, acrescentou o gabinete.
Segunda maior economia do mundo, depois dos Estados Unidos, a China tem sido o motor da recuperação global desde a crise financeira de 2008.
A desaceleração econômica do país coincide com um período de grande volatilidade na Bolsa de Xangai, o principal mercado financeiro da China, que desde meados de junho registrou desvalorização de 35%.
Nos primeiros nove meses do ano, as importações chinesas caíram 15,1%, para 7,63 mil milhões de yuan (a moeda chinesa), enquanto as exportações baixaram 1,8%, para 10,24 mil milhões de yuan.
Em agosto, a moeda chinesa desvalorizou sucessivamente 1,9%, 1,6% e 1,1% em relação ao dólar norte-americano, na maior queda do gênero desde 1994.
A média deste trimestre coincide, contudo, com a meta preconizada pelo governo chinês para o conjunto do ano, "cerca de 7%", o valor mais baixo dos últimos 25 anos.
A China passa por uma transição no modelo de crescimento, com maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimentos, que asseguraram três décadas de forte, mas "insustentável", crescimento econômico.
Desde o início do século 21, até 2011, a economia chinesa cresceu sempre acima de 8% ao ano. Em 2007, chegou a 13%.