Economia

China tem fluxo de capitais equilibrado em 2017

Equilíbrio ocorre em meio à valorização do iuane e crescimento econômico mais forte do que o esperado

Iuane: recente avanço da moeda chinesa reflete a forte expansão econômica da China e a tendência de desvalorização do dólar (Getty Images/Getty Images)

Iuane: recente avanço da moeda chinesa reflete a forte expansão econômica da China e a tendência de desvalorização do dólar (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 06h48.

Pequim - O fluxo de capitais da China ficou amplamente equilibrado em 2017, em meio à valorização do iuane e crescimento econômico mais forte do que o esperado, e assim deverá continuar em 2018, segundo a Administração Estatal de Câmbio (Safe, na sigla em inglês) do país.

Expectativas para a taxa de câmbio do iuane se estabilizaram em 2017, graças a duras medidas de controle de capitais adotadas por Pequim.

O recente avanço do iuane reflete a forte expansão econômica da China e a tendência de desvalorização do dólar, afirmou a porta-voz da Safe, Wang Chunying.

Ainda de acordo com a porta-voz, o impacto dos aumentos de taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e da política fiscal americana está diminuindo gradualmente.

Ela mencionou comentários recentes de autoridades dos EUA, sobre o fato de não desejarem um dólar forte, e afirmou que a baixa inflação e o modesto crescimento econômico dos EUA irão restringir o avanço do dólar e dos juros.

Wang também reiterou que a gestão das vastas reservas internacionais da China se baseia nos mercados e mais uma vez refutou recentes relatos da mídia de que Pequim estaria planejando interromper suas compras de Treasuries.

Sobre uma queda observada no volume de Treasuries em posse da China em novembro, Wang explicou que os dados, divulgados pelo governo americano, incluem também oscilações nos volumes de Treasuries em poder de outras entidades chinesas, e não apenas relacionados às reservas internacionais.

A porta-voz também afirmou que a Safe continuará monitorando este ano investimentos chineses no exterior que sejam considerados "irracionais".

Pequim impôs restrições a investimentos externos da China nas áreas de esportes, imóveis e entretenimento.

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