Economia

China pede aos Estados Unidos fim da intimidação econômica

Os EUA têm que entender que o comércio internacional precisa de regras e não de supremacia, afirmou a ministra chinesa

Trump anunciou na semana passada tarifas de até 60 bilhões de dólares sobre produtos chineses (China Daily/Getty Images)

Trump anunciou na semana passada tarifas de até 60 bilhões de dólares sobre produtos chineses (China Daily/Getty Images)

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AFP

Publicado em 26 de março de 2018 às 13h38.

A China pediu nesta segunda-feira aos Estados Unidos o fim da "intimidação econômica", após o anúncio do presidente Donald Trump de impor tarifas pesadas sobre produtos chineses.

Trump anunciou na semana passada tarifas de até 60 bilhões de dólares, uma medida que abalou os mercados, mas que, segundo o vice-presidente Mike Pence acaba com a "era da rendição econômica".

Em reposta a este comentário, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunyiang, afirmou nesta segunda-feira que "teria sido mais apropriado dizer que é o momento de acabar com a intimidação e a hegemonia econômica dos Estados Unidos".

"Os Estados Unidos têm que entender que, no século XXI, o comércio internacional precisa de regras, e não de supremacia", acrescentou.

A China respondeu ao anúncio de Washington com uma lista de 128 produtos americanos sobre o quais quer aumentar as tarifas de 15% a 25%, caso as relações bilaterais fracassem.

Apesar das tensões, China e Estados Unidos estão negociando discretamente para buscar acordos sobre o acesso das empresas americanas ao mercado chinês, apontou neste fim de semana o The Wall Street Journal.

Do lado dos Estados Unidos, as negociações estão nas mãos do secretário de Tesouro, Steven Mnuchin, e do representante comercial, Robert Lighthizer, enquanto Liu He, responsável da política econômica chinesa, representa o gigante asiático. Mnuchin poderia inclusive viajar à China, segundo o jornal.

"Sempre dissemos, a China está disposta a negociar com os Estados Unidos para gerir de forma apropriada nossas divergências, sobre a base do respeito mútuo e dos benefícios recíprocos", disse Chunying.

"Nossa porta sempre está aberta ao diálogo e às consultas", completou.

 

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