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China exige fim de greve em fábrica de calçados esportivos

A China anunciou ter ordenado que uma empresa de capital taiwanês atenda às demandas sociais de seus trabalhadores em greve em uma enorme fábrica do sul do país

Trabalhadores de fábrica de sapatos na China: funcionários se queixam dos baixos salários, de contratos trabalhistas incompletos e de carências em cobertura social (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 11h05.

Pequim - A China anunciou nesta sexta-feira ter ordenado que uma empresa de capital taiwanês atenda às demandas sociais de seus trabalhadores em greve em uma enorme fábrica do sul do país que confecciona calçados esportivos para Nike e Adidas , entre outras.

O movimento social na fábrica Yue Yuen - a maior do mundo em sua área, segundo a direção - explodiu no início de abril e virou no dia 14 deste mês em uma greve de dezenas de milhares de trabalhadores. As forças de segurança precisaram se mobilizar.

As funcionárias - a mão de obra é majoritariamente feminina - se queixam dos baixos salários, de contratos trabalhistas incompletos e de carências em sua cobertura social.

Uma investigação oficial dá razão aos trabalhadores sobre a cobertura social.

"Segundo nossas primeiras investigações, a fábrica Yue Yuem da cidade meridional de Dongguan está em falta por não pagar a previdência social", declarou em uma coletiva de imprensa em Pequim Li Zhong, porta-voz do ministério chinês de Recursos Humanos e da Previdência Social.

As autoridades deram instruções à direção da fábrica, que confecciona, entre outros, artigos para Nike e Adidas, para "retificar, segundo a lei", os pagamentos a serem feitos.

A organização China Labor Watch, especializada nos movimentos sociais do setor manufatureiro chinês, afirmou que o material que serve para fabricar tênis da Adidas estava sendo levado a outras fábricas da região.

A "China Labor Watch convoca a Adidas a renunciar a sua decisão de sair da fábrica Yue Yuen e a fornecer seu apoio a uma solução equitativa entre a Yue Yuen e seus empregados", indicou a ONG em um comunicado.

O regime comunista chinês teme que os movimentos sociais localizados tenham um efeito dominó, em particular na província meridional de Guangdong - onde se encontra Dongguan -, às vezes apelidada de "fábrica do mundo" porque concentra uma parte importante da indústria manufatureira que trabalha para as exportações.

As ONGs independentes afirmam, no entanto, que as autoridades chinesas estão geralmente mais dispostas a ouvir as queixas dos trabalhadores de empresas estrangeiras, em particular as de Taiwan.

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Pequim - A China anunciou nesta sexta-feira ter ordenado que uma empresa de capital taiwanês atenda às demandas sociais de seus trabalhadores em greve em uma enorme fábrica do sul do país que confecciona calçados esportivos para Nike e Adidas , entre outras.

O movimento social na fábrica Yue Yuen - a maior do mundo em sua área, segundo a direção - explodiu no início de abril e virou no dia 14 deste mês em uma greve de dezenas de milhares de trabalhadores. As forças de segurança precisaram se mobilizar.

As funcionárias - a mão de obra é majoritariamente feminina - se queixam dos baixos salários, de contratos trabalhistas incompletos e de carências em sua cobertura social.

Uma investigação oficial dá razão aos trabalhadores sobre a cobertura social.

"Segundo nossas primeiras investigações, a fábrica Yue Yuem da cidade meridional de Dongguan está em falta por não pagar a previdência social", declarou em uma coletiva de imprensa em Pequim Li Zhong, porta-voz do ministério chinês de Recursos Humanos e da Previdência Social.

As autoridades deram instruções à direção da fábrica, que confecciona, entre outros, artigos para Nike e Adidas, para "retificar, segundo a lei", os pagamentos a serem feitos.

A organização China Labor Watch, especializada nos movimentos sociais do setor manufatureiro chinês, afirmou que o material que serve para fabricar tênis da Adidas estava sendo levado a outras fábricas da região.

A "China Labor Watch convoca a Adidas a renunciar a sua decisão de sair da fábrica Yue Yuen e a fornecer seu apoio a uma solução equitativa entre a Yue Yuen e seus empregados", indicou a ONG em um comunicado.

O regime comunista chinês teme que os movimentos sociais localizados tenham um efeito dominó, em particular na província meridional de Guangdong - onde se encontra Dongguan -, às vezes apelidada de "fábrica do mundo" porque concentra uma parte importante da indústria manufatureira que trabalha para as exportações.

As ONGs independentes afirmam, no entanto, que as autoridades chinesas estão geralmente mais dispostas a ouvir as queixas dos trabalhadores de empresas estrangeiras, em particular as de Taiwan.

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