Economia

China diz que abertura de setor financeiro precisará de reciprocidade

China quer acelerar processo de abertura, mas alguns países receosos em expor seus setores financeiros à competição não se beneficiariam com a medida

Bandeira chinesa é vista em sede do Banco Central da China: altas de preços só contribuíram em 0,4 ponto percentual para o IPC (Petar Kujundzic/Reuters)

Bandeira chinesa é vista em sede do Banco Central da China: altas de preços só contribuíram em 0,4 ponto percentual para o IPC (Petar Kujundzic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de maio de 2018 às 15h06.

Pequim - A proposta chinesa de abertura de seu setor financeiro para bancos estrangeiros e instituições financeiras será baseada no princípio da reciprocidade, e não irá favorecer atitudes protecionistas de outros países, disse uma autoridade no sábado.

A China quer acelerar o processo de abertura, mas alguns países receosos em expor seus próprios setores financeiros à competição não se beneficiariam com a medida, afirmou Chen Wenhui, vice-diretor da Comissão de Regulação de Bancos e Seguros da China em um fórum.

Sem nomear nenhum país especificamente, Chen disse que alguns países já impuseram restrições à expansão de algumas instituições financeiras chinesas, em parte por que seus próprios bancos não podem operar livremente na China.

"A nossa abertura deve ser baseada no princípio da igualdade e no benefício mútuo. Não faremos isso de uma maneira única para todos, e vamos ressaltar o benefício mútuo e a reciprocidade".

"Para países e regiões que estejam receosos com a ideia de abertura, e queiram implementar o protecionismo, sua competitividade no longo prazo definitivamente irá sofrer, conforme eles pensem apenas nos ganhos no curto prazo", acrescentou.

O presidente do banco central, Yi Gang, disse no mês passado que a China permitirá que empresas chinesas e estrangeiras compitam em pé de igualdade e que expandiria o escopo dos negócios para bancos estrangeiros na China.

A China tem sido pressionada pelos Estados Unidos para garantir acesso ao seu mercado, e prometeu permitir que investidores estrangeiros participem de processos de leasing financeiro e financiamento ao consumidor até o final do ano.

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