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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (9) ter recebido o apoio do presidente do Chile, Sebastián Piñera, na campanha brasileira em favor de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo Lula, o apoio foi expressado durante a conversa reservada dos dois presidentes ocorrida nesta sexta-feira no Itamaraty. O brasileiro prometeu visitar o Chile antes de deixar o governo.
Agradeço a reiteração do apoio chileno para que o Brasil ocupe assento permanente no Conselho de Segurança reformado. É um gesto de confiança na capacidade brasileira de ajudar a construir soluções eficazes, legítimas e fundadas em um compromisso com a democracia, os direitos humanos, a liberdade e a justiça social, disse Lula.
Atualmente o Brasil ocupa um dos dez assentos rotativos do Conselho de Segurança, mas o objetivo do governo brasileiro é conquistar uma vaga permanente.
Desde os anos 60, ocorrem discussões sobre a reformulação do conselho. Para vários países, há um desequilíbrio na composição do órgão. O conselho foi criado em 1945, depois do fim da Segunda Guerra Mundial. O Brasil e outros países que defendem a reforma afirmam que o formato atual do organismo não corresponde ao mundo do século 21.
Uma das críticas é a ausência de países ricos, como o Japão e a Alemanha, outra é a ausência de países populosos como a Índia e o Brasil. Pelas negociações em curso, o conselho reformado teria entre os seus integrantes permanentes dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África.
Pelo formato atual, são integrantes permanentes a Rússia, China, França, o Reino Unido e os Estados Unidos. O Brasil e mais nove países ocupam os assentos rotativos cujo mandato é de dois anos.
O Conselho de Segurança tem o poder de autorizar a intervenção militar em qualquer país que integre as Nações Unidas. Os conflitos e crises políticas são analisados pelo conselho que examina a necessidade de intervenções militares ou missões de paz da ONU.