Banco da Inglaterra: reformas e revisões da política monetária são necessários para que o país não viva apenas a "recuperação gentil" esperada para este ano (Carl Court/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 17h53.
Belfast - O regime de metas de inflação do Banco da Inglaterra precisa passar por ajustes finos, mas não deve ser fundamentalmente alterado, disse o presidente da autoridade monetária, Mervyn King, em um discurso nesta terça-feira.
King também disse que o banco central está pronto para recomeçar compras de bônus ou reduzir taxas de juros se necessário para impulsionar a economia, mas que a Grã-Bretanha precisa de mais reformas fundamentais se deseja exceder a "recuperação gentil" que espera para 2013.
King deixa o cargo em junho, e seu sucessor, Mark Carney, que atualmente preside o Banco do Canadá, promoveu comprometimento no longo prazo com juros baixos --que também são favorecidas pelo Federal Reserve, banco central norte-americano-- além de discutir os méritos de ter como meta o tamanho da economia em termos de dinheiro em vez da inflação.
Até este momento, o Banco da Inglaterra não tem favorecido compromissos explícitos com taxas de juros --argumentando que sua atual estrutura política é mais clara do que a de outros bancos centrais.
E o ministro das Finanças do país, George Osborne, que decide as metas da instituição, disse no mês passado que, embora receba bem o debate, é necessário haver um motivador mais forte para a mudança.
No entanto, no que provavelmente será seu último discurso fora de Londres, King disse a membros da comunidade empresarial de Belfast que é hora de o BoE e o governo refletirem novamente.
"Ações recentes de governos e bancos centrais em vários países industrializados levantaram questões sobre a estrutura na qual a política monetária é conduzida", disse ele.
"No Reino Unido, o regime de metas de inflação foi introduzido há quase 21 anos, e agora amadureceu. Seria sensível revisar o que foi definido para estabelecer a política monetária", acrescentou King.