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Cheerleaders ganham direitos trabalhistas na Califórnia

Após série de processos, lei é assinada para dar a animadoras profissionais de torcida o direito a salário mínimo e outros benefícios trabalhistas

Animadoras de torcida da University of Southern California (Bobak HaEri/Wikimedia Commons)

João Pedro Caleiro

Publicado em 16 de julho de 2015 às 16h04.

São Paulo - As famosas cheerleaders (animadoras profissionais de torcida) acabam de ganhar uma vitória importante na Califórnia , nos Estados Unidos .

Uma lei assinada ontem pelo governador democrata Jerry Brown muda o status delas de empresários individuais para empregados.

Com isso, elas ganham o direito a salário mínimo e outros benefícios trabalhistas como folgas pagas e pausas para refeição e descanso a partir de 1º de janeiro de 2016.

A lei AB 202 foi uma iniciativa de Lorena Gonzalez, uma congressista democrata por San Diego que foi cheerleader no ensino médio e na Universidade de Stanford.

"Nunca podemos tolerar que passem a perna nas trabalhadoras em nenhum outro ambiente de trabalho, e um jogo da NFL [a liga nacional de futebol americano] não deve ser diferente", diz ela em comunicado.

A aprovação ocorre após uma série de processos movidos por animadoras contra times alegando que eles não pagavam em dia, não reembolsavam gastos com viagens e exigiam hora extra sem compensação.

Em testemunho na Comissão da Assembleia para Trabalho e Emprego, a ex-animadora do Oakland Riders, Caitlin Yates, disse que o time as colocava no banco sem pagamento quando ganhavam peso e que elas trabalhavam mesmo quando machucadas por medo de serem demitidas.

A lei teve apoio dos dois partidos e passou por 56 votos contra 23 na Assembleia e 26 contra 6 no Senado.

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A lei AB 202 foi uma iniciativa de Lorena Gonzalez, uma congressista democrata por San Diego que foi cheerleader no ensino médio e na Universidade de Stanford.

"Nunca podemos tolerar que passem a perna nas trabalhadoras em nenhum outro ambiente de trabalho, e um jogo da NFL [a liga nacional de futebol americano] não deve ser diferente", diz ela em comunicado.

A aprovação ocorre após uma série de processos movidos por animadoras contra times alegando que eles não pagavam em dia, não reembolsavam gastos com viagens e exigiam hora extra sem compensação.

Em testemunho na Comissão da Assembleia para Trabalho e Emprego, a ex-animadora do Oakland Riders, Caitlin Yates, disse que o time as colocava no banco sem pagamento quando ganhavam peso e que elas trabalhavam mesmo quando machucadas por medo de serem demitidas.

A lei teve apoio dos dois partidos e passou por 56 votos contra 23 na Assembleia e 26 contra 6 no Senado.

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