Economia

Chávez ameaça comércio por aumento de preços após desvalorização

CARACAS (Reuters) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, deu ordens neste domingo ao Exército para verificar se não haverá remarcação de preços depois que ele decretou uma desvalorização da moeda na semana passada. Ele também advertiu que pode confiscar qualquer supermercado que especule.   Chávez anunciou uma taxa de câmbio de 2,6 bolívares por dólar […]

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2010 às 08h39.

CARACAS (Reuters) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, deu ordens neste domingo ao Exército para verificar se não haverá remarcação de preços depois que ele decretou uma desvalorização da moeda na semana passada. Ele também advertiu que pode confiscar qualquer supermercado que especule.

Chávez anunciou uma taxa de câmbio de 2,6 bolívares por dólar para bens prioritários como alimentos e medicamentos. Para o comércio e as indústrias automotiva e têxtil, a taxa será de 4,3 bolívares por dólar. A taxa de câmbio única fixa até a sexta-feira passada foi de 2,15 bolívares por dólar.

"Não há razão para ninguém aumentar os preços de absolutamente nada. Quando houver falta, o governo será o primeiro a reconhecê-lo (...) produto de uma pesquisa bem consciente", disse o mandatário em seu programa semanal de rádio e televisão "Alô, Presidente."

"Quero que a Guarda Nacional vá às ruas com o povo para lutar contra a especulação", acrescentou.

O presidente disse que seria capaz de tomar os supermercados de seus donos e dá-los aos trabalhadores se houver remarcação de preços.

Chávez acusou os meios de comunicação de provocar terror na população ao antecipar que todo tipo de produto aumentará de preço.

Canais de TV e jornais neste domingo mostraram fotos de longas filas de pessoas comprando eletrodomésticos. Eles também apresentaram várias análises de como a desvalorização afetará os diferentes setores da economia.

Porém, o governo socialista assegurou que o impacto sobre os preços não seria forte. O país teve a inflação mais alta do continente em 2009, de 25,1 por cento.

(Reportagem de Patricia Rondón Espín)

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