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Chances da Grécia deixar o euro chegam a 75%, diz Citi

Após eleições parlamentares desse final de semana, banco vê grande potencial para um novo governo grego perder a próxima rodada de metas

Eleição mostrou uma queda no apoio popular aos partidos tradicionais e um crescente apoio a partidos de extrema esquerda e extrema direita, muitos deles contrários ao programa da Troika (Milos Bicanski/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 13h47.

São Paulo – O “Grexit” está mais possível, segundo um relatório do Citi dos analistas Guillaume Menuet e Jürgen Michels. A palavra mistura Grécia e exit (saída, em inglês) e é usada para referir-se a saída do país da Zona do Euro. Segundo o relatório, as chances da Grécia deixar o bloco passaram de 50% para o intervalo entre 50% e 75%.

As eleições parlamentares, que ocorreram nesse final de semana e a fragmentação das cadeiras em diferentes partidos - alguns que, inclusive, não apoiam a austeridade – indicam uma crescente oposição pública à austeridade imposta ao país, segundo o relatório. Essa oposição indica que há desafios para obter um consenso político necessário para manter a Grécia na Zona do Euro.

“Vemos grande potencial para um novo governo grego perder a próxima rodada de metas e um risco crescente de uma saída da Grécia (“Grexit”) do euro dentro dos próximos 12 ou 18 meses, e aumentamos nossa expectativa de que isso ocorra de 50% para entre 50% e 75%”, afirma o relatório.

A eleição mostrou uma queda no apoio popular aos partidos tradicionais e um crescente apoio a partidos de extrema esquerda e extrema direita, muitos deles contrários ao programa da Troika - formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia). O resultado “leva a um parlamento fragmentado e ressalta a crescente oposição da opinião pública contra a austeridade”, segundo o relatório.

O líder do partido New Democracy, de centro-direita, Antonis Samaras, afirmou em pronunciamento que formaria um “governo de salvação” para manter o país na zona do euro. O partido obteve o maior percentual de votos, 19,3%, seguido pelo Syriza, de esquerda radical, com 16,5%; pelo socialista Pasok, do atual ministro das finanças, com 13,4%; pelo Independent Greeks, de direita, com 10,5% e pelo KKE, o partido comunista, com 8,45. O neonazista Chrysi Avgi ficou com 6,9%. Outros partidos dividem o restante.

O Citi acredita que ainda é muito difícil para o novo governo grego conseguir grandes mudanças no programa proposto pela Troika. Mesmo com a influência de François Hollande, recém eleito presidente da França.

Se a Grécia não fizer progressos dentro do acordo com a Troika, é possível que ela encerre o programa – o que prejudicaria o setor bancário grego e, como consequência, forçaria o país a abandonar a zona do euro, segundo o relatório. Por isso, a estimativa do Citi de que a Grécia saia do bloco passou a ter um teto de 75%.

“A eleição grega mostra que será muito difícil formar uma coalisão e implementar as medidas requeridas pelo Memorando de Entendimento”, segundo o relatório. Se os partidos não entrarem em um acordo para realizar uma coalisão, podem ocorrer novas eleições.

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São Paulo – O “Grexit” está mais possível, segundo um relatório do Citi dos analistas Guillaume Menuet e Jürgen Michels. A palavra mistura Grécia e exit (saída, em inglês) e é usada para referir-se a saída do país da Zona do Euro. Segundo o relatório, as chances da Grécia deixar o bloco passaram de 50% para o intervalo entre 50% e 75%.

As eleições parlamentares, que ocorreram nesse final de semana e a fragmentação das cadeiras em diferentes partidos - alguns que, inclusive, não apoiam a austeridade – indicam uma crescente oposição pública à austeridade imposta ao país, segundo o relatório. Essa oposição indica que há desafios para obter um consenso político necessário para manter a Grécia na Zona do Euro.

“Vemos grande potencial para um novo governo grego perder a próxima rodada de metas e um risco crescente de uma saída da Grécia (“Grexit”) do euro dentro dos próximos 12 ou 18 meses, e aumentamos nossa expectativa de que isso ocorra de 50% para entre 50% e 75%”, afirma o relatório.

A eleição mostrou uma queda no apoio popular aos partidos tradicionais e um crescente apoio a partidos de extrema esquerda e extrema direita, muitos deles contrários ao programa da Troika - formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia). O resultado “leva a um parlamento fragmentado e ressalta a crescente oposição da opinião pública contra a austeridade”, segundo o relatório.

O líder do partido New Democracy, de centro-direita, Antonis Samaras, afirmou em pronunciamento que formaria um “governo de salvação” para manter o país na zona do euro. O partido obteve o maior percentual de votos, 19,3%, seguido pelo Syriza, de esquerda radical, com 16,5%; pelo socialista Pasok, do atual ministro das finanças, com 13,4%; pelo Independent Greeks, de direita, com 10,5% e pelo KKE, o partido comunista, com 8,45. O neonazista Chrysi Avgi ficou com 6,9%. Outros partidos dividem o restante.

O Citi acredita que ainda é muito difícil para o novo governo grego conseguir grandes mudanças no programa proposto pela Troika. Mesmo com a influência de François Hollande, recém eleito presidente da França.

Se a Grécia não fizer progressos dentro do acordo com a Troika, é possível que ela encerre o programa – o que prejudicaria o setor bancário grego e, como consequência, forçaria o país a abandonar a zona do euro, segundo o relatório. Por isso, a estimativa do Citi de que a Grécia saia do bloco passou a ter um teto de 75%.

“A eleição grega mostra que será muito difícil formar uma coalisão e implementar as medidas requeridas pelo Memorando de Entendimento”, segundo o relatório. Se os partidos não entrarem em um acordo para realizar uma coalisão, podem ocorrer novas eleições.

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