Economia

Cepal reduz previsão de crescimento da América Latina

"Os países da América Latina e do Caribe crescerão em seu conjunto 3%, taxa similar à registrada no ano anterior", afirma o relatório da comissão econômica

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 18h14.

Os países da América Latina crescerão 3%, em média, em 2013, segundo uma estimativa apresentada nesta quarta-feira pela Cepal, que reduziu a projeção de abril (3,5%) devido a uma baixa expansão do Brasil e México.

"Os países da América Latina e do Caribe crescerão em seu conjunto 3%, taxa similar à registrada no ano anterior", afirma o relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), um organismo técnico das Nações Unidas com sede em Santiago.

A Cepal tinha projetado em abril que a região cresceria 3,5% este ano, rebaixando a projeção de dezembro de expansão regional em 3,8%.

"A queda no crescimento em relação à última estimativa se deve em parte à baixa expansão do Brasil e México", e à desaceleração econômica de vários países que vinham crescendo a taxas elevadas, como Chile, Panamá e Peru, explicou a Cepal.

O moderado desempenho econômico da região, pelo segundo ano consecutivo, está "vinculado a um crescimento estimado da economia mundial de 2,3%, similar ao de 2012", acrescentou o organismo.

Segundo os dados da Cepal, a América Latina cresceu 3% em 2012, uma desaceleração em relação à expansão de 4,4% registrada em 2011.

O Paraguai liderará o crescimento regional em 2013, com alta de 12,3% de seu PIB, que reverte a queda de 1,2% de seu produto em 2012.

O país será seguido pelo Panamá (7,5%), Peru (5,9%), Bolívia (5,5%), Nicarágua (5%) e Chile, com 4,6%.

A Argentina deve crescer 3,5%, acima de 1,9% do ano anterior, mas abaixo do esperado. O Brasil, por sua vez, deve crescer 2,5%, acima de 0,9% do ano passado, em uma taxa menor que o previsto.

"Em 2013, a América Latina vai ter um crescimento próximo de 3%. Tínhamos dito que nossa previsão de abril era de 3,5% mas é difícil manter esta cifra, porque há duas economias que pesam muito: Brasil e México terão um desempenho menor do que tínhamos estimado", explicou a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em coletiva de imprensa.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCepalCrescimento econômicoDesenvolvimento econômico

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor