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Cenário ruim nacional levou a queda nas vendas de carros

Presidente da Anfavea citou que um dos fatores para a queda nas vendas foi a tragédia que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos

Para o presidente da Anfavea, a situação difícil da indústria automobilística, com queda nas vendas e demissões, é pontual, de ajustes de estoques e de produção (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 14h42.

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), Luiz Moan, avaliou nesta quinta-feira, 04, que a queda de 7,6% nas vendas de veículos em agosto ante julho é consequência de uma série de eventos ruins do cenário macroeconômico e político brasileiro, não diretamente relacionados ao setor.

Sem citar detalhes de que motivos foram esses, ele afirmou apenas que o resultado veio abaixo da expectativa da entidade, após um mês "extremamente conturbado".

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Questionado pela imprensa, ele citou que um dos aspectos que influenciaram a queda foi a tragédia que matou o ex-governador de Pernambuco e então candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos.

"Tivemos uma tragédia com comoção em todo o país, com alteração nas candidaturas", afirmou, completando logo em seguida: "Não dá para fazer uma relação direta, mas no Nordeste, por exemplo, a queda (nas vendas) foi 20% maior do que a média nacional". Segundo ele, o acidente gerou "clima diferente" no mercado como um todo.

Apesar da queda nas vendas no mês passado, Moan afirmou que a previsão é de que, no segundo semestre deste ano, o setor volte a crescer.

Na avaliação do presidente da Anfavea, a situação difícil que a indústria automobilística passa atualmente, com queda nas vendas e demissões, é pontual, de ajustes de estoques do setor por meio de ajuste da produção.

"Toda essa redução de quadro de pessoal ainda está acima do compromisso firmado em maio de 2012", ponderou.

Moan informou ainda que só deverá alterar a previsão de queda de 5,4% nas vendas em 2014 em outubro. De acordo com ele, só a partir do décimo mês do ano será possível revisar a projeção, após análise das medidas do Banco Central para injetar crédito na economia.

Ele adiantou que as mudanças já "deram bastante reação" no setor. "Desafio é grande de atingir (essa projeção), mas já disse que não iríamos ficar alterando essa estimativa a cada resultado", comentou.

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