CCJ do Senado aprova plano de trabalho para regulamentação da reforma tributária
Relator da proposta, Eduardo Braga mencionou que mais de mil sugestões de senadores foram feitas para alterações na proposta (PLP 68/2024)
Redação Exame
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 12h19.
Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 12h27.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na sessão desta quarta-feira, 23, o plano de trabalho sobre o projeto de regulamentação da Reforma Tributária com as regras para funcionamento dos futuros Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
Apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), no cronograma do plano, serão realizadas audiências públicas de 29 de outubro a 14 de novembro.
Na manhã de ontem, 22, o senador falou sobre o assunto na reunião deliberativa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) O senador mencionou que mais de mil sugestões de senadores foram feitas para alterações na proposta (PLP 68/2024) e informou que ouvirá governadores, prefeitos e representantes do setor econômico antes de entregar seu parecer, previsto para o final do ano.
Votação da Reforma Tributária no Senado
A votação da reforma tributária no Senado depende de um acerto entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmaram à EXAME interlocutores que acompanham de perto as negociações.
Pacheco já sinalizou aos interlocutores que espera uma sinalização positiva de Lira de que a Câmara não alterará eventuais aperfeiçoamentos que podem ser feitos pelo Senado. “Não há faca no pescoço, mas a busca por um acordo positivo entre as partes”, disse um interlocutor do presidente do Senado.
Calendário de audiências do PLP 68/2024
- 29/10 - novos tributos incidentes sobre o consumo e reorganização da economia nacional;
- 30/10 - impacto no setor produtivo;
- 31/10 - impacto social e regimes diferenciados;
- 4/11 - impacto na saúde: serviços, planos individuais e coletivos, medicamentos, dispositivos médicos e dispositivos para pessoas com deficiência;
- 5/11 - regimes específicos para serviços financeiros;
- 6/11 - demais regimes específicos;
- 7/11 - infraestrutura, energia, telecomunicações e setor imobiliário;
- 11/11 - Simples Nacional e Zona Franca de Manaus;
- 12/11 - imposto seletivo;
- 13/11 - fundo de compensação de benefícios fiscais e o novo modelo de desenvolvimento regional;
- 14/11 - regras de transição, fiscalização e avaliação quinquenal.