Economia

Catar recorre à OMC para denunciar bloqueio de vizinhos

O pequeno país árabe é acusado de apoiar grupos extremistas e por isso tem sido punido por um duro bloqueio econômico

Catar: o país acusa os outros de violação das leis e convenções fundamentais de comércio de bens e serviços (Hamad I Mohammed/Reuters)

Catar: o país acusa os outros de violação das leis e convenções fundamentais de comércio de bens e serviços (Hamad I Mohammed/Reuters)

A

AFP

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 09h59.

O Catar emitiu uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a Arábia Saudita e seus aliados, que mantêm um duro bloqueio econômico ao pequeno emirado, anunciou nesta segunda-feira o Ministério de Economia e Comércio de Doha.

A queixa, interposta ao órgão de arbitragem da OMC, acusa os países que impuseram o bloqueio de "violação das leis e convenções fundamentais de comércio de bens e serviços e de temas relacionados a comércio e propriedade intelectual", informou o Ministério em comunicado recebido pela AFP.

A Arábia Saudita impôs sanções ao Catar, incluindo o fechamento de seu espaço aéreo, desde que em 5 de junho rompeu relações diplomáticas com o emirado, como também fizeram Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Egito, que acusam Doha de apoiar o extremismo islâmico e de ter se aproximado do Irã xiita, grande rival do reino.

Segundo o ministro da Economia do Catar, xeque Ahmed bin Jassem bin Mohamed Al Thani, as "medidas arbitrárias" tomadas por Riad e seus aliados "violam claramente as disposições e convenções do direito comercial internacional".

O Catar vai tomar "todas as medidas necessárias diante das organizações regionais e internacionais para defender seus interesses econômicos e comerciais, e os de seus parceiros", advertiu o ministro.

Acompanhe tudo sobre:CatarEmirados ÁrabesTerrorismo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor