Um crescimento forte dos empregos auxiliará o presidente Barack Obama em sua busca por reeleição em novembro (Jewel Samad/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 15h30.
Washington - A criação de empregos nos Estados Unidos vai se acelerar neste ano, na medida em que prossegue uma recuperação econômica moderada, mas enfrenta um risco importante decorrente da crise de dívida na Europa e precisa de tempo para se curar do dano causado pela recente recessão. A avaliação foi feita pela Casa Branca nesta sexta-feira, em seu relatório econômico anual.
Um crescimento forte dos empregos auxiliará o presidente Barack Obama em sua busca por reeleição em novembro, mas o relatório não escondeu o longo percurso à frente.
"Somente uma expansão robusta e prolongada pode eliminar o grande déficit de empregos que se abriu durante a recessão, e a economia como um todo tem um considerável espaço para crescer", alertou o relatório.
A crise de dívida da zona do euro também representou uma ameaça em potencial à recuperação dos Estados Unidos, e a Casa Branca alertou que "riscos significativos" ainda existem apesar das medidas tomadas por governos europeus para atacar a crise.
Ainda assim, dados recentes sobre o mercado de trabalho foram melhores do que o esperado e encorajaram a Casa Branca a melhorar suas estimativas sobre as contratações.
Sua mais recente previsão, divulgada em fevereiro após a notícia de que o desemprego no país havia recuado no mês anterior para 8,3 por cento, projetou crescimento médio nos salários norte-americanos de 167 mil dólares por mês em 2012.
"Nesse ritmo, dois milhões de empregos serão criados em 2012, um crescimento ante 1,8 milhão em 2011", disse o relatório.
A taxa de desemprego real em 2012 foi prevista em 8,9 por cento, mas a Casa Branca já disse que esse número é "desatualizado" e, no lugar disso, destacou estimativas do mercado de que a taxa de desemprego poderia estar entre 8 e 8,6 por cento neste ano.