Economia

Carlos Ghosn: montadoras se adaptarão às novas regras de Trump

Trump atacou várias vezes tratado que permite exportação de carros no México para os EUA, E prometeU renegociá-lo ou simplesmente denunciá-lo

Carlos Ghosn: "somos pragmáticos, nós nos adaptaemos às novas regras sem importar a situação" (Jiji Press/AFP/AFP)

Carlos Ghosn: "somos pragmáticos, nós nos adaptaemos às novas regras sem importar a situação" (Jiji Press/AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 13h16.

O chefe da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, declarou que as montadoras de automóveis se adaptarão às regras do jogo impostas pelo novo governo americano de Donald Trump, que atacou as duas empresas do setor esta semana.

"Somos pragmáticos, nós nos adaptaremos às novas regras sem importar a situação, com a condição de que sejam as mesmas regras para todos", declarou Ghosn em uma coletiva de imprensa na feira de eletrônicos de Las Vegas, a SEC.

"Todos os fabricantes de automóveis vão prestar muita atenção a partir de 20 de janeiro para qual vai ser a nova política, quais vão ser as regras na América do Norte, e nós as respeitaremos", afirmou.

"Até agora as regras eram o NAFTA, o Tratado de Livre Comércio da América do Norte, assinado pelos Estados Unidos, México e Canadá e em vigor desde 1994", recordou.

"Agora, o NAFTA deve mudar, nós evidentemente nos adaptaremos às novas regras".

Este tratado permite aos fabricantes de carros, sob certas condições e sem tarifas alfandegárias, exportar para os Estados Unidos veículos produzidos no México.

Trump atacou várias vezes este tratado durante a campanha, prometendo renegociá-lo ou simplesmente denunciá-lo.

Na terça, ameaçou a General Motors e na quinta a Toyota com represálias alfandegárias se fabricarem no México carros destinados ao mercado americano.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)MéxicoMontadoras

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega