Economia

Capital externo está ansioso para aplicar no Brasil, diz Temer

"Estas instabilidades são passageiras e não podem ser levadas a sério. Levado a sério tem que ser o país", completou

Temer: presidente pediu ainda uma dose de otimismo aos empresários e afirmou que "precisamos dos senhores, porque o governo não age sozinho" (./Getty Images)

Temer: presidente pediu ainda uma dose de otimismo aos empresários e afirmou que "precisamos dos senhores, porque o governo não age sozinho" (./Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 20h58.

Brasília - Tentando virar a página da crise causada ao governo por conta das denúncias que culminaram com a queda do ministro Geddel Vieira Lima, o presidente Michel Temer pediu apoio de empresários em uma palestra nesta segunda-feira, 28, em Brasília e disse que o governo está empenhado e vai se esforçar para tirar o Brasil da crise.

Segundo Temer, "o capital estrangeiro está ansioso para aplicar no Brasil", mas os investidores são sensíveis e se retraem facilmente.

"Qualquer fatozinho novo abala as instituições e o investidor fica assustado", disse, durante seminário Brasil Futuro, promovido pela Consulting House, em um hotel de Brasília.

"Estas instabilidades são passageiras e não podem ser levadas a sério. Levado a sério tem que ser o país", completou. "Eu peço a compreensão da ideia de que os senhores podem investir porque o estado brasileiro não os decepcionará. Nós vamos crescer", completou o presidente, durante o painel intitulado "Perspectivas para o Brasil".

Temer disse ainda que logo que chegou à presidência viu que o primeiro dispositivo do governo teria que ser o diálogo e voltou a destacar que fez isso inicialmente com o Congresso Nacional. "Estabelecemos um diálogo muito construtivo com o Congresso Nacional", afirmou.

O presidente destacou o envio da PEC do teto dos gastos e a intenção do governo em fazer as reformas previdenciária e trabalhista e disse que esse conjunto ajudará o país sair da recessão.

Temer pediu ainda uma dose de otimismo aos empresários e afirmou que "precisamos dos senhores, porque o governo não age sozinho".

Segundo o presidente, a confiança está sendo retomada mesmo num momento de recessão. "O primeiro passo é se combater a recessão", disse. "Amanhã (terça-feira) esperamos que PEC seja aprovada por boa margem de votos", completou. Temer disse ainda que a "quase falência" dos Estados vem do déficit da Previdência e que "muito rapidamente" o governo vai enviar a proposta de uma reforma do sistema previdenciário.

O presidente voltou a dizer que é preciso esforço para retomar o emprego e pediu novamente apoio do empresariado. "Nós temos que nos esforçar para alcançar o pleno emprego", afirmou. "É preciso prestigiar a iniciativa privada para retomar o emprego", completou.

Temer destacou a criação de uma secretaria especial para cuidar das concessões e afirmou que o governo vai privatizar vários prédios públicos que pertencem à União."Estamos também cuidando de levar atividades públicas para o setor privado por meio das concessões. Já estabelecemos 34 que podem ser concedidos. E vamos privatizar vários prédios públicos que pertencem à União e que são desnecessários".

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