A capacidade de financiamento da economia nacional ficou em 9,7 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2003, resultado que consolida o ajuste externo empreendido desde 2002. Do primeiro para o segundo trimestre, a variação da capacidade de financiamento havia sido de 144 milhões de reais. Entre o segundo e o terceiro, ela foi de 9,1 bilhões.

A mudança neste último trimestre se deveu, principalmente, a dois fatores: a redução do total da renda enviada do Brasil para o exterior - foram 5,5 bilhões de reais a menos e ao aumento de 2,7 bilhões do saldo externo de bens e serviços.

Ainda na comparação com o trimestre anterior, a renda brasileira disponível bruta aumentou 17,9 bilhões. Como o consumo final aumentou menos, 9,9 bilhões, houve uma elevação de 8 bilhões na poupança nacional bruta. Além disso, o investimento recebido de outros países, mais as transferências líquidas de capital, caíram 951 milhões de reais.

O ano de 2003, considerando os três trimestres, apresenta a mesma tendência dos anos de 2001 e 2002. O ano de 2001 marca uma mudança na intensidade dos fluxos de capital voluntários para os países da América Latina e, em particular, para o Brasil.

A taxa de juros doméstica (Selic), que em janeiro de 2001 chegou a 15,25% ao ano, foi para 26,5 % no segundo trimestre de 2003, caindo para 20% em setembro. A taxa de juros americana (Fed Funds) que estava no patamar de 1,25% no segundo trimestre, caiu para 1% em setembro.