Economia

Campo de Libra fortalecerá a indústria naval, afirma Dilma

Dilma disse que o leilão do Campo de Libra irá gerar riquezas, impulsionará setor petroleiro nacional e fortalecerá indústria naval


	Dilma Rousseff: Campo de Libra "gerará ao país R$ 1 trilhão nos próximos 35 anos, além de fortalecer a indústria naval brasileira", disse
 (Chip East/Reuters)

Dilma Rousseff: Campo de Libra "gerará ao país R$ 1 trilhão nos próximos 35 anos, além de fortalecer a indústria naval brasileira", disse (Chip East/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2013 às 12h26.

Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que o leilão para a exploração do maior campo de petróleo do país irá gerar enormes riquezas, impulsionará o setor petroleiro nacional e fortalecerá a indústria naval.

As empresas que têm direitos sobre o campo situado em águas profundas do Atlântico "necessitarão de plataformas marinhas e equipamentos submarinos", que em sua maioria serão fabricados no Brasil, afirmou a governante em seu programa semanal de rádio.

Segundo a chefe de Estado, apesar da participação de cinco grandes multinacionais estrangeiras no consócio vencedor, o Brasil ficará com 85% das riquezas extraídas da jazida e esses recursos serão investidos em educação e saúde.

O Campo de Libra, com reservas de entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo, "gerará ao país R$ 1 trilhão nos próximos 35 anos, além de fortalecer a indústria naval brasileira", disse Dilma.

A chefe de Estado esclareceu que a licitação exige a procedência brasileira de pelo menos 59% dos equipamentos e serviços utilizados para a exploração da jazida, incluindo plataformas marinhas, gasodutos e equipamentos submarinas, o que exigirá investimentos e desenvolvimento de tecnologia na indústria.

"Por essa razão, inclusive antes que o petróleo comece a ser extraído de Libra, as encomendas que serão realizadas a nossas indústrias gerarão milhares de empregos e milhões em renda para os brasileiros", enfatizou.

A presidente assegurou que o consórcio vencedor terá que adquirir no país "desde plataformas, navios, embarcações, sondas de exploração até válvulas, encanamentos, linhas de produção, ou seja todos os materiais necessários para explorar petróleo no fundo do mar".


Segundo Dilma, a exploração de Libra exigirá o uso de entre 12 e 18 gigantescas plataformas de exploração marinha.

"Para construir cada uma dessas plataformas, são necessários 5 mil trabalhadores durante dois anos (nos estaleiros), o que equivale a cerca de 100 mil trabalhadores mobilizados só para produzir as plataformas", declarou.

A presidente acrescentou que isso "sem contar o mundo de gente que vai trabalhar nas empresas que fornecem os materiais e as peças para esses equipamentos, como as indústrias de aço, de plástico, de ferro, de alumínio, de tinta e até de móveis".

De acordo com a governante, esse processo gerará milhões de empregos diretos e indiretos que "vão fortalecer cada vez mais nossa industrial naval, e ampliarão e qualificarão nossos estaleiros, que em 2003 estavam praticamente paralisados".

"Por isso, posso dizer que o leilão do Campo de Libra é um marco na história do Brasil. O petróleo de Libra é o passaporte para um futuro de muita prosperidade para o país", disse.

O consórcio vencedor é integrado pela companhia petrolífera Petrobras (40%), pela francesa Total (20%), a anglo-holandesa Shell (20%) e pelas chinesas China National Corporation (10%) e China National Offshore Oil Corporation (10%).

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP, regulador), o Tesouro brasileiro arrecadará cerca de R$ 1 trilhão nos 35 anos do contrato, somando os royalties, a cessão de petróleo e outras taxas.

Em seu programa de rádio, a presidente insistiu que a licitação não representa uma privatização porque o Estado ficará com a maior parte da riqueza gerada.

"Libra é a prova que é perfeitamente possível preservar o interesse do povo brasileiro e atrair o interesse das empresas privadas. Para nós, os investimentos tanto de empresas brasileiras como estrangeiras são bem-vindos", disse.

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