Câmara: deputados votam destaques da reforma da Previdência (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de agosto de 2019 às 17h50.
Última atualização em 7 de agosto de 2019 às 17h57.
A Câmara rejeitou por 339 votos a 153 o destaque nº 7, apresentado pelo PCdoB, que queria retirar do texto da reforma da Previdência a regra que permite que a pensão seja inferior ao salário mínimo nos casos de acumulação com outras fontes de renda.
O plenário ainda precisa analisar outras seis propostas de alteração do texto aprovado pela Câmara em segundo turno na madrugada desta quarta-feira, 7.
Foram oito destaques apresentados, sete da oposição e um do partido Novo.
A intenção do destaque do PCdoB era manter a redação atual da Constituição, que hoje garante o direito de pensão por morte em valor não inferior ao salário mínimo.
Ele era considerado pelo governo como perigoso porque a forma como ficou no texto-base da Previdência havia desagradado à bancada evangélica e a frente de mulheres da Câmara. A supressão deste trecho desidrataria a reforma em cerca de R$ 38 bilhões ao longo de dez anos.
Como forma de mitigar a insatisfação, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, assinou na terça uma portaria que define critérios para estabelecer o que é renda formal para efeito do pagamento de pensão por morte no regime geral da Previdência e estabelece que nenhum segurado terá renda inferior a um salário mínimo.
As regras da portaria serão transformadas em projeto de lei quando a reforma for promulgada.