Caixa e Pan vão financiar até 90% de carros em salão
Financiamentos serão concedidos com taxas a partir de 0,93% ao mês e prazos de até 60 meses. Condições dependem do perfil do cliente e do veículo em questão
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2014 às 17h41.
São Paulo - Na contramão dos bancos privados, a Caixa Econômica Federal , em parceria com o Banco Pan (ex-Panamericano), vai financiar até 90% de veículos novos na sétima edição do Salão Auto Caixa, que acontece na semana que vem.
Os financiamentos serão concedidos com taxas a partir de 0,93% ao mês e prazos que vão até 60 meses, entretanto, as condições dependem do perfil do cliente e do veículo em questão.
A ação, que tem como alvo 2,8 milhões de correntistas da Caixa com crédito pré-aprovado e também clientes que não têm relacionamento com o banco, será realizada em todos os estados brasileiros, exceto Acre, e no Distrito Federal, totalizando 363 municípios, com participação de 1.470 concessionárias, de 34 marcas, segundo o banco.
Desta vez, o salão de auto da Caixa conta com o apoio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
"O evento em parceria com o segmento tem o objetivo de atender às necessidades dos clientes na aquisição de seu veículo, oferecendo condições competitivas, além de outros benefícios", diz o superintendente nacional de Veículos da Caixa, Jorge Pedro de Lima Filho, em nota.
Durante coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira, o presidente da entidade, Luiz Moan, antecipou a iniciativa, na qual todas as montadoras, associadas ou não, poderão participar.
O salão da Caixa, que ocorre entre os dias 10 e 12 de abril, acontece justamente em um momento que o setor automotivo está com nível de estoques preocupante, de 48 dias. De acordo com Moan, essa é uma das apostas de curto prazo para reduzir os estoques. Em março, as vendas de automóveis e comerciais leves caíram 6,9%, acumulando declínio de 1,7% no trimestre, conforme a Anfavea.
"Talvez seja a primeira vez que a entidade foi buscar um instrumento para oferecer a todas as associadas", disse Moan, a jornalistas, explicando que dependerá da montadora aderir ao programa.
A contrapartida exigida pela Caixa, de acordo com ele, é de que as montadoras ofereçam algum benefício ao cliente.
Embora a ação conjunta com a Caixa seja vista como uma "experiência", o presidente da Anfavea comentou sobre o desejo de ter a participação de mais bancos.
No entanto, a oferta de crédito para a compra de veículos nas instituições privadas tem diminuído a cada trimestre. Depois da oferta exacerbada de recursos em meados de 2010, os bancos passaram a ser mais seletivos para emprestar neste segmento.
Os financiamentos sem entrada e com parcelas extensas que chegavam a 90 vezes, por exemplo, são condições que não existem mais. Além dos prazos médios do crédito para a compra de veículo ter recuado para 40 parcelas, as entradas e garantias exigidas são maiores. As vendas, em geral, são concentradas nas agências e levam em conta o relacionamento do banco com o cliente.
O Itaú Unibanco, por exemplo, vem postergando desde o ano passado a retomada do crescimento da sua carteira de crédito a veículos.
No primeiro trimestre deste ano, conforme disse o presidente executivo do banco, Roberto Setubal, em coletiva de imprensa, em fevereiro, os empréstimos tendem a recuar, estabilizando-se ainda no primeiro semestre. Ao final de dezembro, o crédito a veículos somava R$ 40,319 bilhões, montante 32,8% menor que os cerca de R$ 60 bilhões vistos no começo de 2012.
No caso do Bradesco, a carteira passou por ajustes menores que no Itaú, e deve retomar crescimento ao longo deste ano. Passou de R$ 29 bilhões no início de 2012 para pouco mais de R$ 27 bilhões.
Já a Caixa financiou no ano passado a compra de mais de 98 mil veículos, considerando apenas as operações feitas nas agências. Somando com os contratos firmados pelo Banco Pan, a carteira destinada a este fim ultrapassou os R$ 8,6 bilhões em 2013.
São Paulo - Na contramão dos bancos privados, a Caixa Econômica Federal , em parceria com o Banco Pan (ex-Panamericano), vai financiar até 90% de veículos novos na sétima edição do Salão Auto Caixa, que acontece na semana que vem.
Os financiamentos serão concedidos com taxas a partir de 0,93% ao mês e prazos que vão até 60 meses, entretanto, as condições dependem do perfil do cliente e do veículo em questão.
A ação, que tem como alvo 2,8 milhões de correntistas da Caixa com crédito pré-aprovado e também clientes que não têm relacionamento com o banco, será realizada em todos os estados brasileiros, exceto Acre, e no Distrito Federal, totalizando 363 municípios, com participação de 1.470 concessionárias, de 34 marcas, segundo o banco.
Desta vez, o salão de auto da Caixa conta com o apoio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
"O evento em parceria com o segmento tem o objetivo de atender às necessidades dos clientes na aquisição de seu veículo, oferecendo condições competitivas, além de outros benefícios", diz o superintendente nacional de Veículos da Caixa, Jorge Pedro de Lima Filho, em nota.
Durante coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira, o presidente da entidade, Luiz Moan, antecipou a iniciativa, na qual todas as montadoras, associadas ou não, poderão participar.
O salão da Caixa, que ocorre entre os dias 10 e 12 de abril, acontece justamente em um momento que o setor automotivo está com nível de estoques preocupante, de 48 dias. De acordo com Moan, essa é uma das apostas de curto prazo para reduzir os estoques. Em março, as vendas de automóveis e comerciais leves caíram 6,9%, acumulando declínio de 1,7% no trimestre, conforme a Anfavea.
"Talvez seja a primeira vez que a entidade foi buscar um instrumento para oferecer a todas as associadas", disse Moan, a jornalistas, explicando que dependerá da montadora aderir ao programa.
A contrapartida exigida pela Caixa, de acordo com ele, é de que as montadoras ofereçam algum benefício ao cliente.
Embora a ação conjunta com a Caixa seja vista como uma "experiência", o presidente da Anfavea comentou sobre o desejo de ter a participação de mais bancos.
No entanto, a oferta de crédito para a compra de veículos nas instituições privadas tem diminuído a cada trimestre. Depois da oferta exacerbada de recursos em meados de 2010, os bancos passaram a ser mais seletivos para emprestar neste segmento.
Os financiamentos sem entrada e com parcelas extensas que chegavam a 90 vezes, por exemplo, são condições que não existem mais. Além dos prazos médios do crédito para a compra de veículo ter recuado para 40 parcelas, as entradas e garantias exigidas são maiores. As vendas, em geral, são concentradas nas agências e levam em conta o relacionamento do banco com o cliente.
O Itaú Unibanco, por exemplo, vem postergando desde o ano passado a retomada do crescimento da sua carteira de crédito a veículos.
No primeiro trimestre deste ano, conforme disse o presidente executivo do banco, Roberto Setubal, em coletiva de imprensa, em fevereiro, os empréstimos tendem a recuar, estabilizando-se ainda no primeiro semestre. Ao final de dezembro, o crédito a veículos somava R$ 40,319 bilhões, montante 32,8% menor que os cerca de R$ 60 bilhões vistos no começo de 2012.
No caso do Bradesco, a carteira passou por ajustes menores que no Itaú, e deve retomar crescimento ao longo deste ano. Passou de R$ 29 bilhões no início de 2012 para pouco mais de R$ 27 bilhões.
Já a Caixa financiou no ano passado a compra de mais de 98 mil veículos, considerando apenas as operações feitas nas agências. Somando com os contratos firmados pelo Banco Pan, a carteira destinada a este fim ultrapassou os R$ 8,6 bilhões em 2013.