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Cai o desemprego na América Latina

Mas relatório da OIT aponta para o avanço da informalidade

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h36.

Há hoje na América Latina 19,5 milhões de trabalhadores urbanos sem emprego, o equivalente a uma taxa de desemprego regional de 10,5%, ante 11,1% em 2003. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10/12) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O crescimento econômico da região e o cenário internacional favorável aumentaram os salários reais em quase todos os países da América Latina e incrementaram a produtividade em 2,2%. Nos nove primeiros meses de 2004, a produtividade no Brasil apresentou alta de 1,3%.

A OIT ressalta que a taxa de 5% de crescimento médio das economias da América Latina é a maior desde 1997 e mais que o triplo da registrada em 2003. A baixa inflação, por sua vez, trouxe um aumento médio de 8% dos salários mínimos nos três primeiros trimestres de 2004. O salário mínimo no Brasil avançou 4,2%, enquanto o salário industrial cresceu 9,1%.

Ao mesmo tempo, ressalva a organização, cresceu o trabalho informal. "É preciso reverter a queda significativa da qualidade do emprego", diz Daniel Martínez, Diretor Regional da OIT para a América Latina e o Caribe. Entre 1990 e 2003, estima-se que em cada dez pessoas que obtiveram ocupação seis seguiram para o trabalho informal.

Entre os 11 países latino-americanos selecionados (que geram 95% do produto bruto regional) o desemprego diminuiu em seis: Argentina, de 19,1% para 14,6%; Brasil, de 12,4% para 11,9%; Colômbia, de 17,3% para 16%; El Salvador, de 6,6% para 6,5%; Uruguai, de 17,4% para 13,4%; e Venezuela, de 18,8% para 16,1%. A taxa se manteve na Costa Rica (6,7%) e aumentou em quatro países: Chile, de 8,9% para 9,2%; Equador, de 10% para 11,1%; México de 3,2% para 3,8%; e Peru, de 9,4% para 9,7%.

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