Economia

Cai intenção de compra dos consumidores de SP

Índice passou de 78% no quarto trimestre de 2010 para 60,6% nos primeiros três meses de 2012; material de construção e linha branca apresentam maior intenção de compra

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a intenção de compra da linha branca teve elevação de 2,1% (TAMIRES KOPP/PRINT MAKER)

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a intenção de compra da linha branca teve elevação de 2,1% (TAMIRES KOPP/PRINT MAKER)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 16h48.

São Paulo – O índice de consumidores que pretendem comprar algum bem durável no primeiro trimestre do ano passou de 78% no quarto trimestre de 2010 para 60,6% nos primeiros três meses de 2012, de acordo com a Pesquisa trimestral Intenção de Compra no varejo, feira pelo Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração. Segundo a estimativa, na comparação com o primeiro trimestre de 2011 quando o índice foi 71,8% também houve queda.

Segundo o estudo, feito com 500 consumidores da cidade de São Paulo, as categorias com maior intenção de compra são material de construção (9,8%), linha branca (9,6%), automóveis e motos (9,4%), informática (8,4%), telefonia e celulares (8,0%), eletroeletrônicos (7,0%), cine e foto (5,8%), móveis (5,8%), imóveis (5,4%), eletroportáteis (3,4%) e cama, mesa e banho (2,8%).

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a intenção de compra da linha branca teve elevação de 2,1%, cama mesa e banho de 27,3%, automóveis e motos de 17,5%.

O presidente do Provar, Claudio Felisoni de Angelo, disse que embora o governo tenha baixado a taxa de juros, essa queda ainda não chegou no consumidor final. “A consequência é que o consumidor compra esses bens com orçamento mais comprometido. O que confirma essa percepção é o crescimento da inadimplência”.

“O principal motivo é a redução da renda real que acaba sendo comprometida por uma inflação mais alta e a taxa de juros muito alta. Os prazos longos acabaram estimulando o consumidor a se endividar e essas condições acabam associadas a uma dúvida a respeito do futuro”, disse Felisoni.

Segundo Felisoni, as medidas para redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) decretadas em dezembro tiveram efeito, mas no sentido de diminuir a desaceleração que já se esperava para o Natal. “Mas não é suficiente para manter a trajetória de crescimento como aconteceu em 2008”.

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