Economia

Caged: emprego cresce pelo 3º mês e Brasil abre 244 mil vagas com carteira assinada em março

No total, saldo dos três primeiros meses do ano é de 719.033 empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 30 de abril de 2024 às 09h41.

Última atualização em 30 de abril de 2024 às 09h43.

A economia brasileira criou 244.315 postos de trabalho com carteira assinada em março de 2024. O número é 20% menor na relação com a geração de vagas em fevereiro, quando foram criados 306.708 empregos, após ajuste nos dados.

No mesmo mês de 2023, foram criadas 194.372 vagas. O número mensal é o segundo maior da série histórica desde 2002, ficando atrás somente de março de 2010, quando foram registrados 322.510 empregos. Já no acumulado do ano, o saldo é de 719.033 postos de trabalho.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira, 30. O resultado de março considera 2.262.420 admissões e 2.018.105 desligamentos.

Agro é o único setor com saldo negativo

Dos cinco grandes setores da economia analisados pelo Caged, somente agropecuária registrou saldo negativo em março, com -6.457 postos formais de trabalho, sendo o maior impacto vindo das áreas de 'cultivo de maçã, soja e laranja'.

Já o setor com maior impacto positivo para os dados de março foi o de serviços, com saldo de 148.722 postos, com destaque para a área de 'administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais', que teve saldo positivo de 56.790 empregos.

Ao contrário do mês de fevereiro, quando o segundo lugar ficou com a indústria, em março, a segunda maior geração de empregos ocorreu no comércio, com 37.943 postos de trabalho gerados no mês, principalmente na área de 'mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados', em que foram gerados 6.958 postos.

Indústria registrou 35.886 postos, enquanto construção o saldo foi de 28.666.

Emprego nos estados

Entre os estados, São Paulo foi o que teve maior geração de emprego, com 76.941 postos. Na sequência, Minas Gerais registrou saldo líquido de 40.796 postos, seguido pelo Rio de Janeiro com saldo positivo de 22.466 vagas.

Dois estados do Nordeste amargaram mais demissões que contratações. Os resultados negativos foram registrados em Alagoas (-9.589) e Sergipe (-1.875).

Qual a diferença dos dados do Caged e da Pnad

Os dados do Caged consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os trabalhadores informais. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), mostram toda a força de trabalho do país, seja formal, seja informal, além do número de desalentados. Por causa disso, os resultados não são comparáveis.

Acompanhe tudo sobre:CagedEmprego formalDesempenhoMinistério do TrabalhoIBGEPNAD

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor