Economia

Caged: emprego cresce pelo 2º mês e Brasil abre 306 mil vagas com carteira assinada em fevereiro

No total, saldo dos dois primeiros meses do ano é de 474.614 empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 27 de março de 2024 às 14h00.

Última atualização em 30 de abril de 2024 às 08h51.

A economia brasileira criou 306.111 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro de 2024, quase o dobro da geração de vagas em relação a janeiro, quando foram criados 168.503 empregos, após ajuste nos dados. No mesmo mês de 2023 foram criadas 252.487 vagas. Pelo segundo mês consecutivo, o resultado foi impulsionado pelos setores de serviços e pela indústria. 

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira, 27. O resultado de fevereiro considera 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos.

Os dados fevereiro ficaram acima da mediana de 232,5 mil vagas estimadas pelo mercado e perto do teto das estimativas, de 330 mil.

Nos dois primeiros meses do ano, o Brasil já criou 474.614 empregos. No total são 45.991.889 trabalhadores com carteira assinada.

Todos os setores têm alta de emprego em fevereiro

O setor com maior impacto positivo para os dados de fevereiro foi o de serviços, com saldo de 193.127 postos, com destaque para administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociaiss, que teve saldo positivo de 93.792 empregos.

A segunda maior geração ocorreu na indústria, com 54.448 postos de trabalho gerados no mês, principalmente na indústria de transformação, com 51.870 vagas. Na construção foram criados 35.053 postos de trabalho, no comércio outros 19.724 e na agropecuária outras 3.759 vagas.

Emprego nos estados

Entre os estados, São Paulo foi o que teve maior geração de emprego, com 101.163 postos. Na sequência, Minas Gerais registrou saldo líquido de 35.980 postos, seguido pelo Paraná com saldo positivo de 33.043 vagas.

Três estados do Nordeste amargaram mais demissões que contratações. Os resultados negativos foram registrados em Alagoas (-2.886), Maranhão (-1.220) e Paraíba (-9).

Qual a diferença dos dados do Caged e da Pnad

Os dados do Caged consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os trabalhadores informais. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), mostram toda a força de trabalho do país, seja formal, seja informal, além do número de desalentados. Por causa disso, os resultados não são comparáveis. 

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