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Brics é dominado pelo gigante chinês

Os países emergentes do grupo do Brics representam 25% do PIB mundial e 40% da população do planeta

Brics: China, segunda economia do planeta (atrás dos Estados Unidos) registrou em 2012 seu menor crescimento dos últimos treze anos (7,7%) e no segundo trimestre de 2013 o aumento de seu PIB foi de 7,5% (Prakash Singh/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 16h39.

Os países emergentes do grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que se reuniram nesta quinta-feira antes da cúpula de chefes de Estado do G20 em São Petersburgo, representam 25% do PIB mundial e 40% da população do planeta.

Dominado pelo gigante chinês, este grupo motor do crescimento mundial nos últimos anos enfrenta atualmente uma desaceleração econômica e uma desvalorização da maioria de suas moedas.

A China, segunda economia do planeta (atrás dos Estados Unidos) registrou em 2012 seu menor crescimento dos últimos treze anos (7,7%) e no segundo trimestre de 2013 o aumento de seu PIB foi de 7,5%.

O aumento da produção industrial, maior que a prevista em julho e um claro aumento das trocas comerciais atenuaram, contudo, as preocupações pela economia do país mais povoado do mundo (1,35 bilhão de habitantes).

Em meados de julho, as autoridades introduziram, além disso, medidas destinadas a estimular a atividade.

A nova equipe dirigente do país comunista, liderado pelo presidente Xi Jinping, mostrou sua intenção de reequilibrar a economia, sustentando a demanda interna em detrimento das exportações e aumentando os investimentos em infraestruturas, pilares tradicionais do crescimento do país cujo PIB é estimado em 8,227 bilhões de dólares (2012).


O crescimento do PIB da primeira economia da América do Sul e sétima potência mundial sofreu um verdadeiro freio em 2012: apenas chegou a 0,9% contra 2,7% em 2011 e 7,5% em 2010.

Brasil, com seus 196 milhões de habitantes, vive um momento crítico. Em julho, o FMI revisou para baixo suas perspectivas econômicas: um crescimento de 2,5% para este ano e de 3,2% em 2014, ou seja, 0,5 e 0,8 pontos percentuais menos que nas perspectivas de abril.

Em junho, em meio a protestos sociais sem precedentes contra a alta do preços dos transportes e a corrupção e pela melhora dos serviços públicos, a inflação se situou em 6,7% em um ano, acima do teto de tolerância de 6,5% fixado pelo governo. O Banco Central voltou a subir as taxas de juros para tentar conter a alta dos preços.

O real brasileiro se desvalorizou 15% frente ao dólar desde o começo do ano, a níveis de dezembro de 2008.

Habituada nos anos anteriores à crise de 2008 a um crescimento anual de 7% a 8%, a oitava potência econômica mundial, com 142 milhões de habitantes, cresceu em 2012, 3,4%. A atividade voltou a desacelerar no começo do ano devido à crise da zona do euro e à queda dos investimentos. No primeiro semestre, o PIB russo cresceu 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e 1,2% no segundo trimestre.

O governo, que acaba de revisar para baixo a previsão de crescimento de 1,8% este ano, reconheceu que o país, cujo PIB é estimado em 2,014 trilhões de dólares (2012), entrou em um período de "estagnação". O presidente Vladimir Putin anunciou um programa de investimentos para estimular a economia.

O rublo perdeu cerca de 10% de seu valor até agora, alcançando seu nível mais baixo em quatro anos frente ao euro, apesar das intervenções diárias do banco central para sustentá-lo. Segundo os analistas, a divisa russa resistiu melhor que outras moedas emergentes graças aos altos preços do petróleo.

A terceira potência da Ásia e a décima mundial atravessa atualmente sua pior crise financeira desde 1991.

Após uma década de forte crescimento, superior a 8%, este grande país emergente com mais de 1,2 bilhão de habitantes sofreu uma desaceleração brutal. Seu PIB (1,841 trilhão de dólares) cresceu 5% no ano fiscal 2012/13, seu pior dado em dez anos. No primeiro trimestre do atual exercício, o ritmo de crescimento voltou a se reduzir a 4,4%.

As autoridades estimam que é preciso crescer 10% para tirar milhões de pessoas da pobreza.


Há várias semanas, a rúpia não para de se desvalorizar e perdeu quase um quinto de seu valor desde o começo do ano, apesar das medidas anunciadas pelo banco central e o governo de Manmohan Singh.

A divisa está sofrendo a fuga de capitais para os Estados Unidos, mas o país também paga o preço de grandes deficiências internas: a corrupção endêmica, a perda de confiança dos investidores, a ausência de reformas e o elevado déficit das contas correntes (4,5% do PIB).

A África do Sul tem um PIB muito mais modesto que os outros BRICS (384 bilhões de dólares) e é muito menos povoado (50,6 milhões de habitantes).

Sua economia foi afetada pela crise na Europa, seu principal sócio comercial. O crescimento do PIB, de 2,5% em 2012, caiu 0,9% no primeiro trimestre de 2013 e voltou a subir 3% no segundo, mas esse respiro poderia ser de pouca duração, já que o FMI reduziu drasticamente suas previsões: 2,0% este ano e 2,9% em 2014.

Este crescimento é insuficiente para reduzir as desigualdades e o desemprego (25% da população e 50% dos jovens) na principal economia da África. A isso se somam problemas internos como os fracos consumo e investimentos privados, a elevada inflação (6,3% em julho) e o tenso clima social.

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Os países emergentes do grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que se reuniram nesta quinta-feira antes da cúpula de chefes de Estado do G20 em São Petersburgo, representam 25% do PIB mundial e 40% da população do planeta.

Dominado pelo gigante chinês, este grupo motor do crescimento mundial nos últimos anos enfrenta atualmente uma desaceleração econômica e uma desvalorização da maioria de suas moedas.

A China, segunda economia do planeta (atrás dos Estados Unidos) registrou em 2012 seu menor crescimento dos últimos treze anos (7,7%) e no segundo trimestre de 2013 o aumento de seu PIB foi de 7,5%.

O aumento da produção industrial, maior que a prevista em julho e um claro aumento das trocas comerciais atenuaram, contudo, as preocupações pela economia do país mais povoado do mundo (1,35 bilhão de habitantes).

Em meados de julho, as autoridades introduziram, além disso, medidas destinadas a estimular a atividade.

A nova equipe dirigente do país comunista, liderado pelo presidente Xi Jinping, mostrou sua intenção de reequilibrar a economia, sustentando a demanda interna em detrimento das exportações e aumentando os investimentos em infraestruturas, pilares tradicionais do crescimento do país cujo PIB é estimado em 8,227 bilhões de dólares (2012).


O crescimento do PIB da primeira economia da América do Sul e sétima potência mundial sofreu um verdadeiro freio em 2012: apenas chegou a 0,9% contra 2,7% em 2011 e 7,5% em 2010.

Brasil, com seus 196 milhões de habitantes, vive um momento crítico. Em julho, o FMI revisou para baixo suas perspectivas econômicas: um crescimento de 2,5% para este ano e de 3,2% em 2014, ou seja, 0,5 e 0,8 pontos percentuais menos que nas perspectivas de abril.

Em junho, em meio a protestos sociais sem precedentes contra a alta do preços dos transportes e a corrupção e pela melhora dos serviços públicos, a inflação se situou em 6,7% em um ano, acima do teto de tolerância de 6,5% fixado pelo governo. O Banco Central voltou a subir as taxas de juros para tentar conter a alta dos preços.

O real brasileiro se desvalorizou 15% frente ao dólar desde o começo do ano, a níveis de dezembro de 2008.

Habituada nos anos anteriores à crise de 2008 a um crescimento anual de 7% a 8%, a oitava potência econômica mundial, com 142 milhões de habitantes, cresceu em 2012, 3,4%. A atividade voltou a desacelerar no começo do ano devido à crise da zona do euro e à queda dos investimentos. No primeiro semestre, o PIB russo cresceu 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e 1,2% no segundo trimestre.

O governo, que acaba de revisar para baixo a previsão de crescimento de 1,8% este ano, reconheceu que o país, cujo PIB é estimado em 2,014 trilhões de dólares (2012), entrou em um período de "estagnação". O presidente Vladimir Putin anunciou um programa de investimentos para estimular a economia.

O rublo perdeu cerca de 10% de seu valor até agora, alcançando seu nível mais baixo em quatro anos frente ao euro, apesar das intervenções diárias do banco central para sustentá-lo. Segundo os analistas, a divisa russa resistiu melhor que outras moedas emergentes graças aos altos preços do petróleo.

A terceira potência da Ásia e a décima mundial atravessa atualmente sua pior crise financeira desde 1991.

Após uma década de forte crescimento, superior a 8%, este grande país emergente com mais de 1,2 bilhão de habitantes sofreu uma desaceleração brutal. Seu PIB (1,841 trilhão de dólares) cresceu 5% no ano fiscal 2012/13, seu pior dado em dez anos. No primeiro trimestre do atual exercício, o ritmo de crescimento voltou a se reduzir a 4,4%.

As autoridades estimam que é preciso crescer 10% para tirar milhões de pessoas da pobreza.


Há várias semanas, a rúpia não para de se desvalorizar e perdeu quase um quinto de seu valor desde o começo do ano, apesar das medidas anunciadas pelo banco central e o governo de Manmohan Singh.

A divisa está sofrendo a fuga de capitais para os Estados Unidos, mas o país também paga o preço de grandes deficiências internas: a corrupção endêmica, a perda de confiança dos investidores, a ausência de reformas e o elevado déficit das contas correntes (4,5% do PIB).

A África do Sul tem um PIB muito mais modesto que os outros BRICS (384 bilhões de dólares) e é muito menos povoado (50,6 milhões de habitantes).

Sua economia foi afetada pela crise na Europa, seu principal sócio comercial. O crescimento do PIB, de 2,5% em 2012, caiu 0,9% no primeiro trimestre de 2013 e voltou a subir 3% no segundo, mas esse respiro poderia ser de pouca duração, já que o FMI reduziu drasticamente suas previsões: 2,0% este ano e 2,9% em 2014.

Este crescimento é insuficiente para reduzir as desigualdades e o desemprego (25% da população e 50% dos jovens) na principal economia da África. A isso se somam problemas internos como os fracos consumo e investimentos privados, a elevada inflação (6,3% em julho) e o tenso clima social.

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