Brics contribuirão com US$100 bi a fundo cambial
Fundo busca estabilizar os mercados cambiais afetados por uma esperada redução do estímulo dos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 09h49.
São Petersburgo - O grupo dos Brics de países emergentes vai contribuir com 100 bilhões de dólares para um fundo que busca estabilizar os mercados cambiais afetados por uma esperada redução do estímulo dos Estados Unidos , disseram a China e a Rússia nesta quinta-feira.
A China, detentora da maior reserva cambial do mundo, contribuirá com a maior parte do fundo. Mas ele será bem menor do que os 240 bilhões de dólares originalmente imaginados e autoridades disseram que o instrumento não estará funcional por algum tempo ainda.
Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, alertou em maio sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.
"A iniciativa de estabelecer um fundo cambial dos Brics está em seu estágio final", disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na abertura da reunião de líderes do Brics, durante a cúpula do G20 em São Petersburgo.
"O volume de capital acertado é de 100 bilhões de dólares. A Rússia tomou a decisão de contribuir", acrescentou Putin, sem especificar números.
Mais cedo, o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, afirmou que a China participará com a maior parte do fundo.
Tanto Zhu quanto o vice-ministro das Finanças russo, Sergei Storchak, afirmaram que os detalhes ainda precisam ser trabalhados, sugerindo que --além do anúncio-- muito precisa ser feito sobre o instrumento de reserva.
"Pedimos para não criar expectativas desnecessárias", disse Storchak à Reuters em relação ao fundo cambial. "Politicamente os países estão prontos, mas tecnicamente não estão." "O total é conhecido (100 bilhões de dólares), mas não sei nem mesmo como chegar a isso", disse ele.
A expectativa majoritária é de que o Fed tome neste mês as primeiras medidas para reduzir estímulos monetários extraordinários, o que potencialmente terá enormes implicações para o sistema financeiro global, onde o dólar representa 62 por cento das reservas de ativos.
A nação emergente que enfrenta o maior choque financeiro, Índia, recebeu simpatia limitada da China e da Rússia, já que ambas pediram por ações de política monetária para o país lidar com os déficits externos.
"Vemos dificuldades temporárias de alguns países Brics, principalmente dificuldades em termos de equilíbrio de balança de pagamentos", disse Zhu.
São Petersburgo - O grupo dos Brics de países emergentes vai contribuir com 100 bilhões de dólares para um fundo que busca estabilizar os mercados cambiais afetados por uma esperada redução do estímulo dos Estados Unidos , disseram a China e a Rússia nesta quinta-feira.
A China, detentora da maior reserva cambial do mundo, contribuirá com a maior parte do fundo. Mas ele será bem menor do que os 240 bilhões de dólares originalmente imaginados e autoridades disseram que o instrumento não estará funcional por algum tempo ainda.
Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, alertou em maio sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.
"A iniciativa de estabelecer um fundo cambial dos Brics está em seu estágio final", disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na abertura da reunião de líderes do Brics, durante a cúpula do G20 em São Petersburgo.
"O volume de capital acertado é de 100 bilhões de dólares. A Rússia tomou a decisão de contribuir", acrescentou Putin, sem especificar números.
Mais cedo, o vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, afirmou que a China participará com a maior parte do fundo.
Tanto Zhu quanto o vice-ministro das Finanças russo, Sergei Storchak, afirmaram que os detalhes ainda precisam ser trabalhados, sugerindo que --além do anúncio-- muito precisa ser feito sobre o instrumento de reserva.
"Pedimos para não criar expectativas desnecessárias", disse Storchak à Reuters em relação ao fundo cambial. "Politicamente os países estão prontos, mas tecnicamente não estão." "O total é conhecido (100 bilhões de dólares), mas não sei nem mesmo como chegar a isso", disse ele.
A expectativa majoritária é de que o Fed tome neste mês as primeiras medidas para reduzir estímulos monetários extraordinários, o que potencialmente terá enormes implicações para o sistema financeiro global, onde o dólar representa 62 por cento das reservas de ativos.
A nação emergente que enfrenta o maior choque financeiro, Índia, recebeu simpatia limitada da China e da Rússia, já que ambas pediram por ações de política monetária para o país lidar com os déficits externos.
"Vemos dificuldades temporárias de alguns países Brics, principalmente dificuldades em termos de equilíbrio de balança de pagamentos", disse Zhu.