Economia

Brics assinarão acordo para criar banco de desenvolvimento

O banco, com sede em Xangai ou Nova Délhi, terá dotação inicial de 10 bilhões de dólares e sua capacidade de empréstimo poderá alcançar 100 bilhões

O ministro russo das Finanças, Anton Siluanov:  banco estará aberto a outros países da ONU (©afp.com / Nicholas Kamm)

O ministro russo das Finanças, Anton Siluanov: banco estará aberto a outros países da ONU (©afp.com / Nicholas Kamm)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2014 às 09h20.

As potências emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) criarão um banco de desenvolvimento na reunião da próxima semana no Brasil, anunciou o ministro russo das Finanças.

O banco, com sede em Xangai ou Nova Délhi, terá dotação inicial de 10 bilhões de dólares e sua capacidade de empréstimo poderá alcançar 100 bilhões, afirmou Anton Siluanov, citado pelas agências russas.

Em 2013, o grupo de países emergentes anunciou o projeto de criar um banco de desenvolvimento e um fundo monetário alternativo ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, organismos nos quais se consideram pouco representados, mas não chegaram a um acordo sobre os aportes de capital.

"Durante a reunião de cúpula (15 e 16 de julho) vamos decidir a criação de um banco e de um fundo de divisas", declarou Siluanov.

"Chegamos a um acordo para que o capital seja aportado nos próximos sete anos. A contribuição da Rússia será de dois bilhões de dólares e o capital será distribuído de maneira proporcional entre os participantes", completou.

O ministro russo indicou que o banco, especializado no financiamento de infraestruturas, estará aberto a outros países membros da ONU, mas que a parte dos BRICS será superior a 55%.

A respeito do fundo de divisas, Siluanov anunciou a assinatura durante a reunião de um "acordo marco".

O fundo, que tem por objetivo de proteger as economias dos BRICS das flutuações do mercado, terá um total de 100 bilhões de dólares (41 bilhões da China, 18 bilhões Índia, Brasil e Rússia e 5 bilhões da África do Sul).

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