Economia

Marina de hoje é bem diferente da ministra, diz BRF

"Marina Silva de hoje é bem diferente de Marina de anos atrás, como ministra, pois tem uma agenda diferente", disse diretor de assuntos corporativos da BRF


	Marina: diretor da BRF é considerado um interlocutor entre o agronegócio e candidata
 (Bruno Santos/Reuters)

Marina: diretor da BRF é considerado um interlocutor entre o agronegócio e candidata (Bruno Santos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 15h48.

Ribeirão Preto e Belo Horizonte - O diretor global de assuntos corporativos da BRF, Marcos Jank, afirmou, ao AE Brodadcast Ao Vivo, que a candidata a presidente da República Marina Silva (PSB) tem hoje uma postura diferente em relação ao agronegócio do que quando era ministra do Meio Ambiente, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Marina Silva de hoje é bem diferente de Marina de anos atrás, como ministra, pois tem uma agenda diferente", disse Jank, ao lembrar dos impasses entre o setor e atual candidata em projetos polêmicos, como a aprovação do plantio de transgênicos e o Código Florestal.

"O conflito dos transgênicos ocorreu há dez anos e agora não faz mais sentido. Já no Código Florestal a questão agora é implementá-lo", disse.

"Portanto, a agenda de Marina com agronegócio tem muito mais convergência do que divergência", completou Jank, considerado um dos interlocutores entre o agronegócio e Marina Silva.

"Participei de vários debates com ela e senti uma imensa receptividade com ela para o setor".

Ele salientou que, por conta da importância do setor, os três principais candidatos a presidente - além de Marina, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) - têm uma agenda de diálogo com o agronegócio.

"Não lembro de ter visto uma atenção ao agronegócio como nestas eleições", afirmou.

Segundo a Justiça Eleitoral, a BRF, da qual Jank é diretor, fez apenas doações para o candidato tucano, em um total de R$ 500 mil segundo os dois balanços divulgados até o momento.

No entanto, sem detalhar, Jank garantiu que a companhia "fará contribuições em favor da democracia e de maneira equitativa", distribuídas para candidatos e para regiões onde atua.

Na entrevista, Jank criticou a política de escolha de empresas chamadas de "campeãs nacionais" para serem priorizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e cobrou uma política mais "horizontal" da instituição de fomento, ou seja, priorizando áreas em detrimento de companhias específicas.

O executivo, que também é especialista em negociações internacionais afirmou que não houve avanços em acordos comerciais nos últimos dez anos e que a agenda de candidatos para intensificar acordos comerciais é fundamental, independente dos eleitos.

Jank defendeu ainda que, ao contrário das negociações passadas, quando o país priorizou países ricos, nas negociações futuras o Brasil deve procurar países em desenvolvimento.

A reprise está disponível em seu terminal broadcast+ na Broadcast TV e no Broadcast Político na seção mais vídeos.

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