Economia

"Brexit" sai na frente após resultados oficiais do referendo

A opção de tirar o Reino Unido da União Europeia supera a escolha pela permanência em 4,5% (52,28% contra 47,72%) no referendo realizado hoje


	Brexit: em termos absolutos, 394.867 pessoas votaram com o objetivo de romper os laços com o bloco econômico, enquanto 360.391 decidiram continuar na UE
 (Phil Noble / Reuters)

Brexit: em termos absolutos, 394.867 pessoas votaram com o objetivo de romper os laços com o bloco econômico, enquanto 360.391 decidiram continuar na UE (Phil Noble / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 22h23.

Londres - A opção de tirar o Reino Unido da União Europeia (UE) supera a escolha pela permanência em 4,5% (52,28% contra 47,72%) no referendo realizado nesta quinta-feira após a apuração de 14 das 382 zonas eleitorais britânicas.

Em termos absolutos, 394.867 pessoas votaram com o objetivo de romper os laços com o bloco econômico, enquanto 360.391 decidiram continuar na UE.

Em Newcastle, a primeira cidade inglesa a divulgar publicamente a apuração, a opção de permanência na UE somou 50,7% dos votos, contra 49,3% adeptos à separação.

Em Sunderland, reduto no qual já se esperava um resultado favorável ao "Brexit", a alternativa de abandonar o bloco obteve ampla vantagem, de 61% contra 39% dos votos.

Em Gibraltar, onde as pesquisas previam uma vitória do campo pró-europeu, 96% dos eleitores apoiaram a continuidade na UE e apenas 4% quiseram a saída.

Diante dos primeiros resultados oficiais, que dão vantagem ao "Brexit", a libra esterlina se desvalorizou cerca de 3% nos mercados internacionais de divisas.

Uma pesquisa elaborada ao longo do dia pela empresa YouGov previu pouco depois do fechamento das urnas que a permanência na União Europeia ganhará com 52% dos votos.

O eurofóbico Nigel Farage, líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), admitiu que acredita que o país tenha votado a favor da permanência britânica na União Europeia (UE) no referendo realizado nesta quinta-feira.

O político populista e anti-imigração disse à agência britânica Press Association (PA) que sua previsão é baseada no que foi dito por alguns de seus "amigos que trabalham nos mercados financeiros" e que realizaram algumas pesquisas. 

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