Economia

Brasil tem como lidar com "volatilidade Trump", diz FMI

O primeiro impacto sentido pelos mercados emergentes com a eleição de Trump foi o câmbio, e a moeda brasileira foi uma das mais afetadas

Donald Trump: é preciso esperar as políticas para avaliar impactos mais concretos (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Donald Trump: é preciso esperar as políticas para avaliar impactos mais concretos (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 10h13.

Nova York - O governo brasileiro tem as ferramentas para lidar com o aumento da volatilidade no mercado financeiro causado pela surpresa da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A avaliação é de um alto funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI), que conversou nesta terça-feira, 15, com jornalistas.

O primeiro impacto sentido pelos mercados emergentes com a eleição de Trump foi o câmbio, e a moeda brasileira foi uma das mais afetadas, destaca o FMI. Na segunda-feira, o câmbio fechou em R$ 3,44, maior patamar desde junho.

"As autoridades brasileiras têm as ferramentas para lidar com a volatilidade que estamos vendo agora", afirmou o porta-voz do FMI.

Ele lembrou que em outros momentos de nervosismo no mercado internacional, como em 2013, quando o Fed (Banco Central dos Estados Unidos) sinalizou que mudaria a política monetária, o Brasil conseguiu, por meio da taxa de câmbio flexível e das reservas internacionais, lidar com o choque externo.

O FMI também citou os leilões de swap cambial como ferramenta importante à época. Na semana passada, o BC também realizou um leilão de swap cambial para acalmar o mercado - o que o FMI avaliou como positivo.

Além disso, ele disse que o Brasil não é muito exposto em termos comerciais aos EUA, mas que, ainda assim, é preciso esperar as políticas para avaliar impactos mais concretos.

O FMI divulgou nesta terça relatório "Artigo IV" sobre o Brasil, que foi concluído antes do resultado das eleições, em outubro. Dentre as considerações do estudo, o FMI ressalta que as reservas do País estão acima do adequado, mas devem ser preservadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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