Economia

Brasil retaliará se EUA adotar novos subsídios ao algodão

Anteriormente, em 2009, a OMC autorizou o Brasil aplicar sanções comerciais de até US$ 829 milhões aos EUA por causa de subsídios ilegais

Colheita de algodão: O chefe da missão brasileira na OMC disse hoje que o governo está "preocupado" com os novos programas de subsídios em análise nos EUA (David Nance/Wikimedia Commons)

Colheita de algodão: O chefe da missão brasileira na OMC disse hoje que o governo está "preocupado" com os novos programas de subsídios em análise nos EUA (David Nance/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 18h39.

Brasília - O governo anunciou nesta sexta-feira que poderá aplicar sanções comerciais aos Estados Unidos, as mesmas que foram suspensas em um contencioso litígio na Organização Mundial do Comércio (OMC), caso o governo americano conceda novos subsídios ao setor algodoeiro.

Anteriormente, em 2009, a OMC autorizou o Brasil aplicar sanções comerciais de até US$ 829 milhões aos EUA por causa de subsídios ilegais que esse país outorgava aos produtores de algodão, mas a medida acabou sendo suspensa em virtude de um acordo assinado por ambos os governos em 2010.

O chefe da missão brasileira na OMC, Roberto Carvalho de Azevedo, disse hoje que o governo está "preocupado" com os novos programas de subsídios (ao algodão) que estão sendo avaliados no congresso americano.

Esses novos programas integram uma nova lei agrícola que previsivelmente será votada até o final do mês setembro, como adiantou o diplomata brasileiro.

Azevedo afirmou que, dependendo do impacto dessa nova lei nos acordos bilaterais, o Brasil será obrigado a aplicar algumas sanções, que supõe a elevação das tarifas para inúmeros produtos americanos, como cosméticos, alimentos, automóveis e eletrodomésticos.

Para evitar a sanção brasileira, o governo americano se comprometeu a adotar uma série de medidas, incluindo a criação de um fundo de US$ 147,3 milhões para financiar projetos setor do algodão no Brasil. 

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