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Brasil reduz investimento externo em 2012, diz CNI

A participação teve queda de 1,96%, em 1990, para 0,99%, em 2012

Indústria: para o CNI, a queda é resultado da falta de políticas coordenadas para apoiar a internacionalização das empresas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 12h10.

Brasília - Ao contrário do que ocorreu com outros países emergentes, caiu a participação do Brasil nos estoques globais de investimentos nos últimos anos, segundo a Confederação Nacional da Indústria ( CNI ).

A participação teve queda de 1,96%, em 1990, para 0,99%, em 2012, quando os investimentos brasileiros no exterior somaram US$ 266,2 bilhões. Para a entidade, a perda de espaço do País é resultado da falta de políticas coordenadas para apoiar a internacionalização das empresas.

Enquanto o Brasil reduziu seus investimentos externos, outras economias aumentaram a participação no estoque global. A participação dos países em desenvolvimento nos estoques globais de investimentos subiu de 6,92%, em 1990, para 18,9%, em 2012.

No mesmo período, a China aumentou de 0,21% para 2,16%, a Rússia passou de zero para 1,75%, e o Chile, de 0,1% para 0,41%. "O Brasil está na contramão do que tem ocorrido com outros emergentes", afirmou o especialista em política e indústria da CNI, Fabrizio Panzini.

Para estimular os investimentos das empresas brasileiras no exterior, a CNI aponta que o Brasil deve fechar acordos para evitar a dupla tributação com países como Estados Unidos, Colômbia, Austrália, Alemanha e Reino Unido.


Para a entidade, o País também deve eliminar a insegurança jurídica do modelo brasileiro de tributação dos lucros obtidos no exterior e negociar acordos de proteção aos investimentos para reduzir o risco político, com países como Argentina, China, México, Moçambique e Angola.

"Ao mesmo tempo em que há ações positivas no BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ), existe um sistema de tributação que reduz a competitividade e aumenta a insegurança jurídica dos investimentos no exterior", afirmou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Ele acrescentou que a CNI percebe falta de coordenação entre os diferentes órgãos brasileiros que apoiam a internacionalização das empresas. A entidade defende também a agilidade no início das operações do BNDES em Londres, "para reduzir o custo do financiamento das empresas".

No ranking da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil perdeu 159 posições entre 2008 e 2012. O País caiu da 20ª posição para a 179ª na lista de 182 países.

Empresas

O acesso a novos mercados são apontados pelas empresas como principal motivação para investimento no exterior. Isso concede a elas a oportunidade de diversificar o risco quanto ao ciclo econômico no Brasil, reduzir custos de produção para enfrentar a concorrência internacional, acessar novas tecnologias de produção e gerenciamento, ter acesso a insumos mais baratos, acesso a outros mercados com os quais o país de destino tem acordos de livre comércio, além de driblar barreiras comerciais.

Na pesquisa feita pela CNI, os Estados Unidos são apontados como país prioritário para a celebração de acordos para evitar a dupla tributação. Em seguida, aparecem Austrália e Colômbia.

A pesquisa foi realizada com 28 empresas transnacionais brasileiras, que representam um terço do valor total das exportações do País em 2012. Das 28 empresas, 22 são do setor industrial, de áreas como mineração, equipamentos de transporte, autopeças, financeiro, construção civil, alimentos, entre outras.

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Brasília - Ao contrário do que ocorreu com outros países emergentes, caiu a participação do Brasil nos estoques globais de investimentos nos últimos anos, segundo a Confederação Nacional da Indústria ( CNI ).

A participação teve queda de 1,96%, em 1990, para 0,99%, em 2012, quando os investimentos brasileiros no exterior somaram US$ 266,2 bilhões. Para a entidade, a perda de espaço do País é resultado da falta de políticas coordenadas para apoiar a internacionalização das empresas.

Enquanto o Brasil reduziu seus investimentos externos, outras economias aumentaram a participação no estoque global. A participação dos países em desenvolvimento nos estoques globais de investimentos subiu de 6,92%, em 1990, para 18,9%, em 2012.

No mesmo período, a China aumentou de 0,21% para 2,16%, a Rússia passou de zero para 1,75%, e o Chile, de 0,1% para 0,41%. "O Brasil está na contramão do que tem ocorrido com outros emergentes", afirmou o especialista em política e indústria da CNI, Fabrizio Panzini.

Para estimular os investimentos das empresas brasileiras no exterior, a CNI aponta que o Brasil deve fechar acordos para evitar a dupla tributação com países como Estados Unidos, Colômbia, Austrália, Alemanha e Reino Unido.


Para a entidade, o País também deve eliminar a insegurança jurídica do modelo brasileiro de tributação dos lucros obtidos no exterior e negociar acordos de proteção aos investimentos para reduzir o risco político, com países como Argentina, China, México, Moçambique e Angola.

"Ao mesmo tempo em que há ações positivas no BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ), existe um sistema de tributação que reduz a competitividade e aumenta a insegurança jurídica dos investimentos no exterior", afirmou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

Ele acrescentou que a CNI percebe falta de coordenação entre os diferentes órgãos brasileiros que apoiam a internacionalização das empresas. A entidade defende também a agilidade no início das operações do BNDES em Londres, "para reduzir o custo do financiamento das empresas".

No ranking da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil perdeu 159 posições entre 2008 e 2012. O País caiu da 20ª posição para a 179ª na lista de 182 países.

Empresas

O acesso a novos mercados são apontados pelas empresas como principal motivação para investimento no exterior. Isso concede a elas a oportunidade de diversificar o risco quanto ao ciclo econômico no Brasil, reduzir custos de produção para enfrentar a concorrência internacional, acessar novas tecnologias de produção e gerenciamento, ter acesso a insumos mais baratos, acesso a outros mercados com os quais o país de destino tem acordos de livre comércio, além de driblar barreiras comerciais.

Na pesquisa feita pela CNI, os Estados Unidos são apontados como país prioritário para a celebração de acordos para evitar a dupla tributação. Em seguida, aparecem Austrália e Colômbia.

A pesquisa foi realizada com 28 empresas transnacionais brasileiras, que representam um terço do valor total das exportações do País em 2012. Das 28 empresas, 22 são do setor industrial, de áreas como mineração, equipamentos de transporte, autopeças, financeiro, construção civil, alimentos, entre outras.

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