Economia

Brasil quer fechar novo acordo com México amanhã

O Brasil ameaça denunciar o acordo existente entre os dois países caso o México não aceite renegociar os termos

Nos últimos meses, as importações de veículos mexicanos pelo Brasil cresceram de forma intensa (João Mantovani)

Nos últimos meses, as importações de veículos mexicanos pelo Brasil cresceram de forma intensa (João Mantovani)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 23h41.

São Paulo - O governo brasileiro pretende concluir amanhã a renegociação do acordo automotivo entre Brasil e México. O ministro viaja ainda hoje ao México acompanhado do ministro Fernando Pimentel para discutir o assunto. "Esperamos concluir amanhã", disse ele em entrevista coletiva concedida na capital paulista em reunião com seu colega argentino, Héctor Timerman.

O Brasil ameaça denunciar o acordo existente entre os dois países caso o México não aceite renegociar os termos do acordo. Nos últimos meses, as importações de veículos mexicanos pelo Brasil cresceram de forma intensa. Isso porque o acordo permite que os carros mexicanos entrem no Brasil sem pagar imposto de importação e com a mesma alíquota de IPI de veículos nacionais.

A avaliação do Itamaraty é de que quanto mais tempo o Brasil demorar para renegociar o acordo mais as importações devem crescer. Segundo o Ministério, as importações de veículos mexicanos aumentaram mais de 200% nos meses de janeiro e fevereiro. Na hipótese de o Brasil romper o acordo, o prazo de vigência permanecerá por mais catorze meses.

A proposta brasileira é estabelecer uma restrição quantitativa para a entrada no Brasil de veículos produzidos no México. O valor máximo anual seria de US$ 1,4 bilhão ao ano. O Brasil também reivindica a entrada de caminhões e ônibus no acordo, além do aumento do conteúdo local dos veículos produzidos no México.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAutoindústriaComércio exteriorImportaçõesIndústriaMéxico

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor