Economia

Brasil e Portugal se unem para discutir novos negócios

Brasília - Ao participar hoje (19), em Lisboa, da 10ª Cimeira Brasil e Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá reforçar os tradicionais laços culturais e linguísticos que unem os dois países e, ao mesmo tempo, defender mais uma oportunidade para a realização de negócios entre empresários brasileiros e portugueses. O intercâmbio comercial […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Ao participar hoje (19), em Lisboa, da 10ª Cimeira Brasil e Portugal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá reforçar os tradicionais laços culturais e linguísticos que unem os dois países e, ao mesmo tempo, defender mais uma oportunidade para a realização de negócios entre empresários brasileiros e portugueses.

O intercâmbio comercial entre os dois países aumentou de US$ 753,4 milhões, em 2002, para a cifra recorde de US$ 2,3 bilhões registrada em 2008, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores. Os números representam crescimento de 206% neste período.

Nos últimos dez anos, Portugal investiu no Brasil cerca de 20 bilhões de euros. Existem hoje mais de 600 empresas com capital português no Brasil gerando cerca de 110 mil postos de trabalho.

"Vivemos em um mundo cada vez mais multipolarizado, do ponto de vista econômico. Em termos globais, julgo que caminhamos para uma nova governança. Por isso, uma forte aliança Portugal-Brasil seria muito vantajosa", disse o embaixador do Brasil em Lisboa, Celso Marcos Vieira de Souza.

Segundo o embaixador, "o Brasil não é mais o país do futuro, é o país do presente", em termos de oportunidades de investimentos. A Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil concorda e também aponta a direção inversa, afirmando que Portugal é visto pelas empresas brasileiras como uma porta de entrada na Europa, o que levou vários grupos a atravessar o Atlântico para buscar novos empreendimentos.

A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), por exemplo, que fabrica aviões comerciais e militares, foi uma das que decidiram apostar em Portugal. De acordo com a Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, o primeiro passo foi dado em 1996, após a escolha da Indústria Aeronáutica de Portugal como um centro autorizado para toda Europa.

Quase dez anos depois, em 2004, a Embraer, em conjunto com a European Aeronautic Defense and Space Company, venceu o concurso público de privatização da empresa portuguesa, passando a ser uma de suas maiores acionistas. Um novo investimento foi anunciado em 2008, durante a Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A Embraer pretende investir 400 milhões de euros para construir duas fábricas na cidade de Évora.

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