Economia

Brasil pode crescer mais de 2% em 2020, afirma Guedes

Ministro da Economia mostrou otimismo com plano brasileiro de recuperação econômica

Paulo Guedes: ministro da Economia culpou a alta carga tributária para explicar a desaceleração econômica brasileira (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Paulo Guedes: ministro da Economia culpou a alta carga tributária para explicar a desaceleração econômica brasileira (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 28 de setembro de 2019 às 10h54.

Última atualização em 28 de setembro de 2019 às 14h38.

São Paulo – O ministro da Economia, Paulo Guedes, espera que o Produto Interno Bruto do Brasil tenha um crescimento superior a 2% no que vem, mais precisamente 2,17%. Para 2019, a expectativa do governo é de um crescimento bem mais modesto, 0,8%.

Em entrevista ao Jornal da Record, Guedes mostrou otimismo em relação ao plano de recuperação econômica implementado durante o governo atual. “Vamos recuperar a dinâmica do crescimento. No ano que vem, vamos crescer acima de 2%”, afirmou.

Apesar das projeções acima do esperado, o ministro atacou os encargos trabalhistas e afirmou que a economia brasileira foi “vítima de uma forte desaceleração econômica”. “O ano que vem vai ser melhor, mas não estamos falando de 3,5%, 4%”, disse.

Segundo Guedes, o Brasil tinha “uma das economias que mais crescia no mundo, mais gerava emprego e trouxe imigrantes do mundo inteiro”. Contudo, o ministro afirmou que juros e impostos elevados fizeram o País perder a dinâmica de crescimento e criaram o “fenômeno do desemprego em massa.”

Vale destacar que a declaração foi feita no mesmo dia da divulgação de dados relacionados ao desemprego no Brasil. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desempregados no segundo trimestre de 2019 manteve-se estável em 11,8%, atingindo 12,6 milhões de pessoas.

Para crescer acima de 2%, a estratégia do ministério se baseia em não elevar a taxa de impostos, principalmente encargos trabalhistas. Essa política poderá ajudar a criar uma “aliança centro-direita” que ficará mais tempo no governo.

“China, Índia, Paquistão, Sudeste Asiático... Todos estão seguindo (esses fundamentos) de impostos mais baixos, crescimento acelerado e inserção nas cadeias globais de valor”, disse Guedes.

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