Economia

Brasil perdeu US$ 4,3 bi em junho via fluxo cambial, mostra BC

O déficit ocorre em meio à intensa crise política que envolve Michel Temer, denunciado por crime de corrupção passiva após delações de executivos da J&F

Banco Central: o déficit interrompe três meses consecutivos de superávit (Ueslei Marcelino/Reuters)

Banco Central: o déficit interrompe três meses consecutivos de superávit (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 5 de julho de 2017 às 14h07.

São Paulo - O fluxo cambial, saldo de entrada e saída de moeda estrangeira do país, teve déficit de 4,301 bilhões de dólares em junho, interrompendo três meses consecutivos de superávit em meio à intensa crise política que envolve o presidente Michel Temer.

Segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira, o resultado do mês passado foi puxado pelo desempenho da conta financeira - por onde passam investimentos diretos, em portfólio e outros -, com saldo negativo de 8,928 bilhões de dólares, a maior saída líquida mensal desde dezembro de 2016 (-9,005 bilhões de dólares).

No semestre, o déficit da conta financeira acabou ficando em 24,051 bilhões de dólares, melhor que o saldo negativo de 35,819 bilhões de dólares em igual período de 2016.

Temer foi denunciado por crime de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F, alimentando temores entre os investidores de que a reforma da Previdência possa não andar no Congresso Nacional.

O BC informou ainda que a conta comercial registrou superávit de 4,627 bilhões de dólares em junho, acumulando no ano saldo positivo de 31,529 bilhões de dólares.

Assim, no primeiro semestre, o fluxo cambial geral acumulou superávit de 7,478 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioCrise políticaGoverno TemerMichel Temer

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor