Carnes: Operação Carne Fraca denunciou fraudes na fiscalização sanitária de produtos e a omissão da presença da bactéria Salmonella em produtos da BRF (Victor Moriyama/Getty Images)
Reuters
Publicado em 13 de março de 2018 às 17h38.
São Paulo - O Brasil melhorou seus padrões de segurança alimentar e está trabalhando com parceiros comerciais para evitar que importadores proíbam produtos de carne do país após o anúncio de uma nova etapa da operação Carne Fraca, no início do mês, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, nesta terça-feira.
A operação denunciou fraudes na fiscalização sanitária de produtos e a omissão da presença da bactéria Salmonella em produtos da BRF, maior exportadora global de carne de frango.
Falando com repórteres nos bastidores do Fórum Mundial Econômico da América Latina em São Paulo, Maggi disse que algumas unidades produtoras poderiam ser banidas por países importadores devido a novas investigações de empresas investigadas na operação.
Na semana passada, o ministério de Maggi suspendeu preventivamente as exportações de fábricas nas cidades de Rio Verde e Mineiros, nos Estado de Goiás, e em Carambeí, no Paraná.
Todas pertencem à BRF, principal alvo da terceira fase da operação.
A suspensão envolve envios a 12 países que pedem controles específicos para a bactéria da Salmonella, incluindo a África do Sul, Coreia do Sul e a União Europeia.
"A Europa é sempre muito crítica do Brasil desde a primeira operação Carne Fraca", disse Maggi. "Temos dito a eles que nossos padrões foram revisados e nossos controles se tornaram mais rígidos."
Quando perguntado sobre se a proibição seria expandida, Maggi disse que há várias linhas da investigação e novas evidências podem vir à tona com os testemunhos dados por pessoas colaborando com as autoridades em acordos de delação.