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Brasil já estava em recessão no início do ano, diz FGV

Grupo de datação de ciclos econômicos considerou o período de queda no PIB entre 2014 e 2016 como o maior da série. Foram 33 meses seguidos de crise

Economia brasileira (FG Trade/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 29 de junho de 2020 às 15h50.

Última atualização em 29 de junho de 2020 às 18h53.

O Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), ligado à Fundação Getulio Vargas (FGV), considerou que o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre do ano, encerrando um período de 12 trimestres seguidos de expansão.

"O Comitê identificou a ocorrência de um pico no ciclo de negócios brasileiro no quarto trimestre de 2019. O pico representa o fim de uma expansão econômica que durou 12 trimestres — entre o primeiro trimestre de 2017 e o quarto de 2019 — e sinaliza a entrada do país em uma recessão a partir do primeiro trimestre de 2020".

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O IBGE havia mostrado, no início de junho, queda de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre frente ao pico identificado pelo comitê no quarto trimestre, a maior queda desde o segundo trimestre de 2015. Mas o comitê considera um conjunto de indicadores para estabelecer o início de um período recessivo ou de expansão.

O comitê também considerou o último período recessivo antes da pandemia como o mais longo em meses desde que há dados para datação dos ciclos. A economia brasileira retraiu por 33 meses seguidos, tempo superior aos 30 meses de recessão entre 1989 e 1991, quando o Plano Collor determinou o confisco.

O Codace é um comitê criado em 2004 pela FGV com a finalidade de determinar uma cronologia de referência para os ciclos econômicos brasileiros, estabelecida pela alternância entre datas de picos e vales no nível da atividade econômica.

Ele é formado pelos economistas Affonso Celso Pastore (coordenador), Edmar Bacha, João Victor Issler, Marco Bonomo, Paulo Picchetti, Fernando Veloso e Vagner Ardeo.

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