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Brasil está preparado para crise, diz ex-conselheiro de Obama

“Os fundamentos econômicos brasileiros aparentam estar menos suscetíveis às turbulências internacionais” disse Lawrence Summers, que também foi do governo de Bill Clinton

Lawrence Summers foi um dos principais conselheiros econômicos de Obama (Fabrice Coffrini/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 14h15.

São Paulo – O ex-diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca Lawrence Summers disse hoje que o Brasil está bem preparado contra a crise mundial. Summers, que já foi membro das equipes do governo de Bill Clinton e Barack Obama, elogiou o progresso da economia brasileira nos últimos 12 anos, o que, para ele, reduz os possíveis impactos do cenário internacional adverso sobre o país.

“Os fundamentos econômicos brasileiros aparentam estar menos suscetíveis às turbulências internacionais”, disse Summers, em entrevista coletiva concedida após a cerimônia de abertura do 6º Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

O economista norte-americano fez a palestra principal da abertura do evento. Ele analisou da situação da economia global e destacou a importância do Brasil nesse cenário. Segundo Summers, o país se tornou um agente mais relevante para economia do mundo nos últimos anos. Ele disse também que essa relevância tende a crescer ainda mais devido ao papel de grande explorador de recursos naturais que o Brasil país vem assumindo.

Summers disse que as descobertas brasileiras de grandes campos de petróleo, por exemplo, são uma oportunidade para o país se firmar no mercado global. Ressaltou, contudo, que a transformação desses recursos em crescimento vai depender da demanda global por petróleo e outros produtos, e isso tudo dependerá dos rumos da economia mundial.

“Apesar de estar mais bem preparado, o Brasil também é dependente da economia global”, dstacou o economista. “Os sérios problemas que ocorrerem na economia também devem afetar o país.”

Sobre a crise mundial, Summers pediu mais investimentos governamentais dos Estados Unidos e da Europa. Para ele, esses investimentos podem aumentar a demanda de consumo nesses países, gerar mais empregos e colaborar para a retomada da confiança dos empresários.

Mesmo no caso da Europa, que apresenta problemas relacionados às dívidas de governos, Summers insistiu que o investimento público não deve ser reduzido. Segundo ele, um corte nos gastos poderia desacelerar ainda mais o crescimento na região. “Minha preocupação é que as medidas fiscais freiem a economia e agravem os problemas.”

Summers ainda disse que espera que a reunião de hoje de líderes da União Europeia (UE), em Bruxelas, na Bélgica, sirva para eles encontrarem uma “solução para a crise melhor do que a já apresentada”. Para o economista, se isso não acontecer, as consequências podem ser ainda piores para o mundo e o Brasil.

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São Paulo – O ex-diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca Lawrence Summers disse hoje que o Brasil está bem preparado contra a crise mundial. Summers, que já foi membro das equipes do governo de Bill Clinton e Barack Obama, elogiou o progresso da economia brasileira nos últimos 12 anos, o que, para ele, reduz os possíveis impactos do cenário internacional adverso sobre o país.

“Os fundamentos econômicos brasileiros aparentam estar menos suscetíveis às turbulências internacionais”, disse Summers, em entrevista coletiva concedida após a cerimônia de abertura do 6º Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

O economista norte-americano fez a palestra principal da abertura do evento. Ele analisou da situação da economia global e destacou a importância do Brasil nesse cenário. Segundo Summers, o país se tornou um agente mais relevante para economia do mundo nos últimos anos. Ele disse também que essa relevância tende a crescer ainda mais devido ao papel de grande explorador de recursos naturais que o Brasil país vem assumindo.

Summers disse que as descobertas brasileiras de grandes campos de petróleo, por exemplo, são uma oportunidade para o país se firmar no mercado global. Ressaltou, contudo, que a transformação desses recursos em crescimento vai depender da demanda global por petróleo e outros produtos, e isso tudo dependerá dos rumos da economia mundial.

“Apesar de estar mais bem preparado, o Brasil também é dependente da economia global”, dstacou o economista. “Os sérios problemas que ocorrerem na economia também devem afetar o país.”

Sobre a crise mundial, Summers pediu mais investimentos governamentais dos Estados Unidos e da Europa. Para ele, esses investimentos podem aumentar a demanda de consumo nesses países, gerar mais empregos e colaborar para a retomada da confiança dos empresários.

Mesmo no caso da Europa, que apresenta problemas relacionados às dívidas de governos, Summers insistiu que o investimento público não deve ser reduzido. Segundo ele, um corte nos gastos poderia desacelerar ainda mais o crescimento na região. “Minha preocupação é que as medidas fiscais freiem a economia e agravem os problemas.”

Summers ainda disse que espera que a reunião de hoje de líderes da União Europeia (UE), em Bruxelas, na Bélgica, sirva para eles encontrarem uma “solução para a crise melhor do que a já apresentada”. Para o economista, se isso não acontecer, as consequências podem ser ainda piores para o mundo e o Brasil.

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