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Brasil está experimentando o gosto amargo do aumento dos juros, diz Guedes

Repetindo a avaliação de que os demais bancos centrais do mundo estavam "dormindo no volante", ele considerou que o país será um dos primeiros a derrubar a alta dos preços

Guedes: o ministro destacou ainda durante o evento o que considera ser uma melhora dos fundamentos fiscais do governo (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de março de 2022 às 11h40.

Última atualização em 24 de março de 2022 às 11h54.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 24, que o Brasil está experimentando o "gosto amargo" do aumento dos juros para combater a inflação. No entanto, repetindo a avaliação de que os demais bancos centrais do mundo estavam "dormindo no volante", ele considerou que o país será um dos primeiros a derrubar a alta dos preços.

"Estamos experimentando o gosto amargo desse tipo de política", afirmou Guedes em participação no congresso da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

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Ele considerou que a inflação é um movimento mundial que deve levar tempo para se dissipar. "Veio com força e não veio para ir embora rápido."

Guedes destacou ainda durante o evento o que considera ser uma melhora dos fundamentos fiscais do governo, com aumento da arrecadação permitindo a redução de impostos. Em relação ao IPI, ele adiantou que o corte do tributo será ampliado para 33%, após a redução de 25% anunciada no fim do mês passado.

Em 15 meses, frisou o ministro, o governo zerou o déficit primário das contas públicas, que antes estava em 10% do produto interno bruto (PIB) como efeito da explosão de gastos na pandemia. "Não permitimos que governos populistas usassem a pandemia para fazer gastos desnecessários", lembrou o titular da economia, acrescentando que o Brasil está "pronto para avançar".

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