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Brasil está entre os países que mais devem dinheiro à ONU

Valor de dívida das nações à organização chega a US$ 1,385 bilhão; desse total, 97% correspondem a sete países, entre eles o Brasil

Brasil: país é um dos maiores devedores da Organização das Nações Unidos (Cris Faga/Getty Images)
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EFE

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 18h21.

Última atualização em 11 de outubro de 2019 às 18h25.

Atravessando sua pior crise de liquidez dos últimos dez anos, a ONU tem algumas contribuições a receber que, somadas, chegam a US$ 1,385 bilhão e das quais 97% correspondem a sete países, entre eles o Brasil.

"Há 65 países que ainda não pagaram, daí vem esse valor. Sete países representam 97% do dinheiro. Os sete países são Estados Unidos, Brasil, Argentina, México, Irã, Israel e Venezuela", disse nesta sexta-feira Chandramouli Ramanathan, subsecretário-geral de finanças da ONU.

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Ramanathan explicou que a avaliação do orçamento para o ano atual é de US$ 2,85 bilhões e que já foram arrecadados US$ 1,99 bilhão, mas há um "acumulado pendente" no total de US$ 1,385 bilhão.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou recentemente que a organização está tomando medidas excepcionais para lidar com a crise financeira que vem enfrentando, chegando a colocar em risco as recentes reuniões de líderes internacionais na Assembleia Geral.

Essas medidas incluem limitar viagens estritamente essenciais, cancelar ou adiar reuniões, assim como reduzir o apoio que a Secretaria Geral oferece para a realização de eventos, algo que foi reiterado hoje por membros da organização em entrevista coletiva.

Os problemas de caixa que afetam a organização decorrem do fato de que muitos países não pagam suas contribuições no prazo determinado, e até o último dia 7 mais de 60 ainda não tinham realizado o pagamento, segundo Ramanathan.

No caso dos EUA, maior contribuinte da ONU e que tem o compromisso de cobrir 22% do orçamento, Ramanathan explicou que o país "deve US$ 674 milhões para o ano atual e US$ 381 de exercícios anteriores".

Ramanathan afirmou que a cada ano, entre os meses de agosto e outubro, a ONU incorre em um déficit orçamentário que está chegando "cada vez mais cedo, dura mais tempo e se torna mais profundo".

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