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Brasil e China passam por momento propício para reformas, diz FMI

Rodrigo de Rato diz que agenda brasileira de reformas deve avançar e cita legislação trabalhista, desvinculação orçamentária e redução de spreads bancários

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

O momento é excelente para que o Brasil adote mais reformas estruturais para impulsionar o crescimento no médio prazo. A afirmação é de Rodrigo de Rato, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (30/9) em Washington.

"Tive a oportunidade de conversar com o presidente e com autoridades econômicas brasileiras há cerca de três semanas. Nós vemos espaço óbvio para reformas em muitas áreas", disse de Rato. O diretor mencionou a redução dos spreads para barateamento do crédito, mais flexibilidade para o orçamento da União e mudanças em áreas como mercado de trabalho e comércio internacional.

Segundo de Rato, o desempenho da economia brasileira é melhor do que o esperado e demonstra claramente que o ambiente econômico e político "está ajudando muito o país". Para conservar esse impulso, afirmou o dirigente, a agenda de reformas precisa avançar.

China

De Rato também afirmou que o FMI está assessorando as autoridades chinesas em uma série de questões. "Certamente uma delas é reestruturação bancária, as privatizações e a liberalização de mercados", disse.

Outra medida que o Fundo tem recomendado é um sistema cambial mais flexível. "Não quer dizer que o país deva abandonar sua capacidade de proteger-se de movimentos especulativos, mas que através de um sistema mais flexível poderá absorver melhor os choques externos."

Na avaliação do FMI, o momento de forte expansão da economia chinesa serve como oportunidade para implementar gradativamente essa mudança.

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