Economia

Brasil é 57º em ranking de geração e retenção de talentos

O estudo, que engloba 61 países, foca em três categorias principais: investimento/desenvolvimento; atração; e prontidão


	Talento: na categoria investimento/desenvolvimento, a nota brasileira este ano foi de 47, ficando em 48 na categoria prontidão e 56 em atração
 (.)

Talento: na categoria investimento/desenvolvimento, a nota brasileira este ano foi de 47, ficando em 48 na categoria prontidão e 56 em atração (.)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 12h20.

São Paulo - O Brasil caiu cinco posições e agora aparece no 57º lugar no ranking global que mede a capacidade de desenvolver, atrair e reter talentos, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo instituto de pesquisa suíço IMD.

O estudo, que engloba 61 países, foca em três categorias principais: investimento/desenvolvimento; atração; e prontidão.

Dentro delas, são avaliados pontos como educação, aprendizagem, treinamento de funcionários, fuga de capital humano, custo de vida, motivação dos colaboradores, qualidade de vida, competências linguísticas, remuneração, taxas e impostos.

O professor Arturo Bris, diretor do Centro de Competitividade Mundial do IMD e responsável pelo estudo, lembra que nem sempre poder econômico e talento andam lado a lado.

Ele aponta que a capacidade de gerar e reter talentos depende da agilidade de moldar políticas públicas que atuem nesse sentido, e que o Brasil e outros países da América Latina ainda são muito deficientes nesse ponto.

"No Brasil, a situação está se deteriorando, em vez de melhorar. É dispensável dizer que esta tendência tem de ser revertida", comenta.

Este ano o Brasil obteve nota geral 10,8, na escala que vai de zero a 100. A melhor classificação brasileira foi em 2005, quando atingiu a 28ª posição no ranking.

Na categoria investimento/desenvolvimento, a nota brasileira este ano foi de 47, ficando em 48 na categoria prontidão e 56 em atração.

O relatório aponta que o Brasil viu seu indicador sobre o "crescimento da força de trabalho" cair fortemente, de 4,57% em 2005 para 0,75% em 2014 e -0,05% em 2015.

Da mesma forma, a nota sobre disponibilidade de "trabalhadores qualificados" caiu de 5,34 para 3,11 no mesmo período.

A avaliação do País também caiu drasticamente no critério "habilidades financeiras" (de 6,17 em 2005 para 4,05 em 2015) e "gestores seniores competentes" (de 6,20 para 3,68).

Em "sistema educacional", a nota caiu de 3,34 para 1,88 no mesmo período. Nesse item, o Brasil aparece em último lugar no ranking global, o que também acontece em "ciência na escola" e "habilidades linguísticas".

Por outro lado, a "participação das mulheres no mercado de trabalho" avançou de 43,11% para 49,65% nos últimos dez anos.

Este é o item em que o Brasil está melhor colocado na classificação mundial, em 3º lugar, perdendo apenas para Lituânia (50,12%) e Letônia (49,87%).

O ranking global geral é liderado por Suíça (nota 100), Dinamarca (83,7), Luxemburgo (78,6), Noruega (78,1) e Holanda (77,1).

Na parte de baixo da tabela estão Brasil (10,8), Croácia (9,6), Peru (7,8), Venezuela (2,9) e Bulgária (0,0) na última colocação.

Acompanhe tudo sobre:gestao-de-negociosListasRankingsTalentos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto