Economia

Brasil deve crescer, mas Europa ameaça recuperação, diz FMI

São Paulo - A economia brasileira pode disparar este ano, em contraste com os riscos da crise de dívida da zona do euro para a economia global, disse o diretor-gerente do Fundo Internacional Monetário nesta terça-feira. Dominique Strauss-Kahn disse a jornalistas que "o (crescimento) de 7 por cento com certeza será uma realidade" para o […]

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2010 às 20h41.

São Paulo - A economia brasileira pode disparar este ano, em contraste com os riscos da crise de dívida da zona do euro para a economia global, disse o diretor-gerente do Fundo Internacional Monetário nesta terça-feira.

Dominique Strauss-Kahn disse a jornalistas que "o (crescimento) de 7 por cento com certeza será uma realidade" para o Brasil em 2010.

Com tanta expansão na maior economia da América Latina, "(há) risco de superaquecimento e creio que o governo está ciente disso e está agindo".

"Nossa previsão para 2011 é que a economia voltará para algo em torno de 4,5 ou 5 por cento (de crescimento)", disse Strauss-Kahn.

A crise de dívida da zona do euro, por sua vez, é a maior ameaça à recuperação econômica global, afirmou o chefe do FMI em outro evento em São Paulo.

Em pesquisa semanal do Banco Central, economistas afirmaram ver um crescimento forte de cerca de 6,46 por cento este ano, mesmo com as dificuldades de países como Grécia, Espanha e Portugal com suas dívidas soberanas, que geraram temores de possíveis calotes.

Strauss-Kahn afirmou esses problemas fiscais devem ser resolvidos para que as economias europeias possam crescer, e que o resto do trabalho para reformar as regras do sistema financeiro deve ser consistente para evitar uma piora na economia global.

Investidores não estão convencidos de que o pacote de auxílio de 1 trilhão de dólares anunciado pela União Europeia e pelo FMI irá ajudar a reforçar o euro e controlar problemas fiscais do bloco, com ativos mais arriscados como ações caindo em todo o mundo.

O índice Ibovespa chegou a cair mais de 3 por cento nesta terça-feira, com investidores preferindo ativos mais seguros como o dólar norte-americano. O índice se recuperou um pouco no final da sessão, fechando o dia com queda de 1,22 por cento.

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