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Brasil criou 623,1 mil vagas formais de trabalho em 2014

O resultado, no entanto, é menor que o total de empregos gerados em 2013, de 1,490 milhão

Vagas de trabalho: resultado é o mais baixo de geração de vínculos empregatícios desde 1999 (Ilustração de Paulo Garcia sobre foto de Raul Junior/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 18h28.

Brasília - O Brasil criou 623,1 mil vagas formais de trabalho nos setores público e privado em 2014. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e foram divulgados hoje (9) pelo Ministério do Trabalho. Conforme os números, o ano terminou com um total de 49,5 milhões de vínculos empregatícios, 1,27% a mais que em 2013.

O resultado, no entanto, é menor que o total de empregos gerados em 2013 (1,490 milhão). Em números absolutos, este é o mais baixo resultado de geração de vínculos empregatícios desde 1999.

O setor que mais empregou no ano passado foi o de serviços, com 587,5 mil novos postos. O comércio gerou 217 mil novas vagas, sendo o segundo setor que mais criou postos de trabalho.

Os setores que apresentaram as maiores quedas, em termos absolutos, foram a indústria de transformação, com redução de 121,7 mil postos de trabalho, e a construção civil, com declínio de 76,8 mil postos.

Todas as regiões apresentaram expansão do mercado de trabalho. No Nordeste, houve registro da criação de 206,2 mil postos. No Sudeste, 169,5 mil postos foram criados.

No Sul, 134,9 mil novos empregos foram criados. No Norte e Centro Oeste, foram gerados, respectivamente, 58,2 mil e 54,3 mil postos. Entre os estados, só o Amazonas registrou perda de postos de trabalho (1,5 mil).

A Rais 2014 identificou ainda que o rendimento médio do trabalhador brasileiro teve alta real de 1,76% e que o salário médio mensal alcançou R$ 2.449,11 no ano passado.

Os homens ganharam, em média, R$ 2.651,52, enquanto as mulheres receberam R$ 2.184,65. Segundo o ministério, só no Distrito Federal não se registrou alta de salários acima da inflação.

O nível de emprego da mão de obra feminina cresceu 2,35%, ante um aumento de 0,46% para os homens.

De acordo com o ministério, a diferença deu continuidade ao processo de elevação da participação das mulheres no mercado trabalho formal, que passou de 42,79% em 2013 para 43,25% em 2014.

“Os dados por atividade econômica mostram que as mulheres apresentaram desempenho relativo mais favoráveis que o dos homens em todos os setores”, destacou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

O dados revelamm que, no ano passado, houve redução no nível de emprego para trabalhadores mais jovens, com destaque para a população de 18 a 24 anos e a de 25 a 29 anos, que perderam 190,9 mil e 54,5 mil postos.

Conforme o ministro, o governo prepara políticas públicas para reverter os números. “O governo anunciará até o fim do mês uma serie de políticas públicas para criar maiores condições de acesso aos jovens ao mercado de trabalho”, adiantou o ministro.

Manoel Dias informou que os números da Rais em 2014 são “positivos”. “[Os números apontam] que o Brasil não manteve o mesmo ritmo [de crescimento] de anos anteriores, mas contribuíram para manter a geração de empregos e o aumento real do salário.”

Sobre 2015, Dias afirmou que o país passa por “dificuldades” e que isso preocupa o governo.

“De janeiro a julho deste ano, o Brasil fechou 493,1 mil postos de trabalho, menos de 1% do mercado de trabalho. Nos preocupa, tanto que o governo está tomando medidas para superar esse momento de dificuldades e recuperar a capacidade de investimentos”, disse.

O ministro citou o Programa de Proteção ao Emprego e os investimentos por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), mas evitou fazer projeções para a Rais de 2015.

Diferentemente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que abrange a criação de postos de trabalho no setor privado, os números da Rais incluem também os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários. O Caged de 2014 registrou geração de 416,5 mil postos.

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Brasília - O Brasil criou 623,1 mil vagas formais de trabalho nos setores público e privado em 2014. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e foram divulgados hoje (9) pelo Ministério do Trabalho. Conforme os números, o ano terminou com um total de 49,5 milhões de vínculos empregatícios, 1,27% a mais que em 2013.

O resultado, no entanto, é menor que o total de empregos gerados em 2013 (1,490 milhão). Em números absolutos, este é o mais baixo resultado de geração de vínculos empregatícios desde 1999.

O setor que mais empregou no ano passado foi o de serviços, com 587,5 mil novos postos. O comércio gerou 217 mil novas vagas, sendo o segundo setor que mais criou postos de trabalho.

Os setores que apresentaram as maiores quedas, em termos absolutos, foram a indústria de transformação, com redução de 121,7 mil postos de trabalho, e a construção civil, com declínio de 76,8 mil postos.

Todas as regiões apresentaram expansão do mercado de trabalho. No Nordeste, houve registro da criação de 206,2 mil postos. No Sudeste, 169,5 mil postos foram criados.

No Sul, 134,9 mil novos empregos foram criados. No Norte e Centro Oeste, foram gerados, respectivamente, 58,2 mil e 54,3 mil postos. Entre os estados, só o Amazonas registrou perda de postos de trabalho (1,5 mil).

A Rais 2014 identificou ainda que o rendimento médio do trabalhador brasileiro teve alta real de 1,76% e que o salário médio mensal alcançou R$ 2.449,11 no ano passado.

Os homens ganharam, em média, R$ 2.651,52, enquanto as mulheres receberam R$ 2.184,65. Segundo o ministério, só no Distrito Federal não se registrou alta de salários acima da inflação.

O nível de emprego da mão de obra feminina cresceu 2,35%, ante um aumento de 0,46% para os homens.

De acordo com o ministério, a diferença deu continuidade ao processo de elevação da participação das mulheres no mercado trabalho formal, que passou de 42,79% em 2013 para 43,25% em 2014.

“Os dados por atividade econômica mostram que as mulheres apresentaram desempenho relativo mais favoráveis que o dos homens em todos os setores”, destacou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

O dados revelamm que, no ano passado, houve redução no nível de emprego para trabalhadores mais jovens, com destaque para a população de 18 a 24 anos e a de 25 a 29 anos, que perderam 190,9 mil e 54,5 mil postos.

Conforme o ministro, o governo prepara políticas públicas para reverter os números. “O governo anunciará até o fim do mês uma serie de políticas públicas para criar maiores condições de acesso aos jovens ao mercado de trabalho”, adiantou o ministro.

Manoel Dias informou que os números da Rais em 2014 são “positivos”. “[Os números apontam] que o Brasil não manteve o mesmo ritmo [de crescimento] de anos anteriores, mas contribuíram para manter a geração de empregos e o aumento real do salário.”

Sobre 2015, Dias afirmou que o país passa por “dificuldades” e que isso preocupa o governo.

“De janeiro a julho deste ano, o Brasil fechou 493,1 mil postos de trabalho, menos de 1% do mercado de trabalho. Nos preocupa, tanto que o governo está tomando medidas para superar esse momento de dificuldades e recuperar a capacidade de investimentos”, disse.

O ministro citou o Programa de Proteção ao Emprego e os investimentos por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), mas evitou fazer projeções para a Rais de 2015.

Diferentemente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que abrange a criação de postos de trabalho no setor privado, os números da Rais incluem também os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários. O Caged de 2014 registrou geração de 416,5 mil postos.

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