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Brasil cai para 39º em ranking de competitividade, diz Fiesp

Com 21,5 pontos, o Brasil continuou no grupo de baixa competitividade. Em 2012, o país tinha ficado no mesmo grupo, só que em 37º lugar, com 24,1 pontos

Indústria: nota de competitividade em 2013 do país só não foi pior do que a da Turquia, Colômbia, Indonésia e Índia (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 14h56.

São Paulo - O Brasil caiu para a 39ª posição em 2013 no ranking apurado pela pesquisa Índice de Competitividade das Nações, desenvolvida anualmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp ).

O levantamento separa os países em quatro quadrantes: competitividade elevada, satisfatória, média e baixa.

Com 21,5 pontos, o Brasil continuou no grupo de baixa competitividade. Em 2012, o país tinha ficado no mesmo grupo, só que em 37º lugar, com 24,1 pontos.

A nota brasileira em 2013 só não foi pior do que a da Turquia (20 pontos), Colômbia (19 pontos), Indonésia (17,4 pontos) e Índia (10,3 pontos).

No topo do ranking do grupo de competitividade elevada, está mais uma vez os Estados Unidos, com 86,6 pontos, seguido pela Suíça (78), Coreia do Sul (77,1) e Cingapura (72,9 pontos).

Apesar disso, Cingapura, Áustria, Hungria e Israel foram os países que, segundo o levantamento, ganharam mais competitividade entre 2012 e 2013.

No levantamento, a Fiesp cita que, de 2012 para 2013, o Brasil continuou no quadrante de baixa competitividade, porque, apesar de ter reduzido os juros e apresentado crescimento da produtividade total, o país reduziu a poupança, aumentou o déficit comercial e o saldo de transações correntes, reduziu os meses de importação cobertos pelas reservas e manteve a elevada carga tributária.

Diante disso, o estudo identificou seis prioridades na agenda de políticas públicas para que o Brasil retome a rota de crescimento.

Como urgência, o levantamento aponta a simplificação e a redução da carga tributária para o setor produtivo, a redução no custo do financiamento e o alinhamento cambial.

Outras condicionantes que merecem atenção, destaca a pesquisa, são investimentos em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e alinhamento cambial.

O diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, pondera, porém, que mesmo se tomadas de imediato, o efeito positivo dessas medida levará algum tempo para ser percebido.

Em nota enviada à imprensa, o diretor prevê que, se o Brasil fizer as várias reformas que precisa, os indicadores de 2015 ainda podem ser ruins, mas a tendência é que o Índice de Competitividade melhore nos anos seguintes.

Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a queda do país no ranking é um sinal de que o Brasil não vem fazendo a lição de casa.

"Os outros países melhoraram muito mais. Em 13 anos, por exemplo, a China subiu 11 posições e a Coreia (do Sul), 10 posições. O Brasil se manteve numa posição muito ruim. Isso significa que estamos sem competitividade com relação a outros países do mundo", afirmou na nota.

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São Paulo - O Brasil caiu para a 39ª posição em 2013 no ranking apurado pela pesquisa Índice de Competitividade das Nações, desenvolvida anualmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp ).

O levantamento separa os países em quatro quadrantes: competitividade elevada, satisfatória, média e baixa.

Com 21,5 pontos, o Brasil continuou no grupo de baixa competitividade. Em 2012, o país tinha ficado no mesmo grupo, só que em 37º lugar, com 24,1 pontos.

A nota brasileira em 2013 só não foi pior do que a da Turquia (20 pontos), Colômbia (19 pontos), Indonésia (17,4 pontos) e Índia (10,3 pontos).

No topo do ranking do grupo de competitividade elevada, está mais uma vez os Estados Unidos, com 86,6 pontos, seguido pela Suíça (78), Coreia do Sul (77,1) e Cingapura (72,9 pontos).

Apesar disso, Cingapura, Áustria, Hungria e Israel foram os países que, segundo o levantamento, ganharam mais competitividade entre 2012 e 2013.

No levantamento, a Fiesp cita que, de 2012 para 2013, o Brasil continuou no quadrante de baixa competitividade, porque, apesar de ter reduzido os juros e apresentado crescimento da produtividade total, o país reduziu a poupança, aumentou o déficit comercial e o saldo de transações correntes, reduziu os meses de importação cobertos pelas reservas e manteve a elevada carga tributária.

Diante disso, o estudo identificou seis prioridades na agenda de políticas públicas para que o Brasil retome a rota de crescimento.

Como urgência, o levantamento aponta a simplificação e a redução da carga tributária para o setor produtivo, a redução no custo do financiamento e o alinhamento cambial.

Outras condicionantes que merecem atenção, destaca a pesquisa, são investimentos em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e alinhamento cambial.

O diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, pondera, porém, que mesmo se tomadas de imediato, o efeito positivo dessas medida levará algum tempo para ser percebido.

Em nota enviada à imprensa, o diretor prevê que, se o Brasil fizer as várias reformas que precisa, os indicadores de 2015 ainda podem ser ruins, mas a tendência é que o Índice de Competitividade melhore nos anos seguintes.

Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a queda do país no ranking é um sinal de que o Brasil não vem fazendo a lição de casa.

"Os outros países melhoraram muito mais. Em 13 anos, por exemplo, a China subiu 11 posições e a Coreia (do Sul), 10 posições. O Brasil se manteve numa posição muito ruim. Isso significa que estamos sem competitividade com relação a outros países do mundo", afirmou na nota.

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