Economia

Brasil aumentará investimentos no setor petrolífero argentino

"O Governo argentino pede que ampliemos os investimentos da Petrobras, faremos isso na medida do possível", indicou Lobão

O ministro do Planejamento da Argentina sustentou que o governo argentino calcula que, com os novos investimentos, a participação da Petrobras no mercado de combustíveis do país pode passar dos atuais 8% para 15% (Atta Kenare/AFP)

O ministro do Planejamento da Argentina sustentou que o governo argentino calcula que, com os novos investimentos, a participação da Petrobras no mercado de combustíveis do país pode passar dos atuais 8% para 15% (Atta Kenare/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 13h16.

Brasília - O governo brasileiro aumentará seus investimentos no setor petroleiro na Argentina após a decisão desse país de expropriar a companhia de petrolífera YPF, filial da espanhola Repsol, afirmou nesta sexta-feira o ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, após uma reunião com o titular de Planejamento argentino, Julio de Vido.

Em entrevista coletiva após o encontro, Lobão disse que o governo brasileiro e a Petrobras se comprometeram em aumentar seus investimentos no setor de hidrocarbonetos na Argentina.

O ministro admitiu que os investimentos de US$ 500 milhões previstos para este ano são equivalentes aos feitos no ano passado, mas, diante "desta nova situação", o governo fará todos os esforços para aumentá-los.

"O Governo argentino pede que ampliemos os investimentos da Petrobras, faremos isso na medida do possível", indicou Lobão, quem esclareceu que a capacidade de investimento da empresa brasileira é limitada por seus compromissos na prospecção e exploração de novos campos no Brasil.

De Vido negou que o pedido de novos investimentos a Petrobras represente que a Argentina está em busca de alternativas para suprir a saída da Repsol da YPF.

"Petrobras não substituirá ninguém", afirmou De Vido, quem situou a cooperação com a empresa brasileira no marco de uma "nova realidade" latino-americana, que apresenta a ambos os países o "desafio" de fazer "negócios juntos" tanto na Argentina quanto "na região".

O ministro do Planejamento da Argentina sustentou que o governo argentino calcula que, com os novos investimentos, a participação da Petrobras no mercado de combustíveis do país pode passar dos atuais 8% para 15%.

O ministro argentino, quem foi designado como interventor da YPF após a desapropriação de 51% das ações da espanhola Respol, acrescentou que a situação da Petrobras na província de Neuquén, onde foi cancelada uma concessão à empresa brasileira, está sendo negociada e em vias de solução.

"Os que querem desalentar a presença da Petrobras na Argentina estão equivocados", afirmou De Vido, quem explicou que o Governo de Cristina Kirchner se mantém em conversas com as autoridades de Neuquén para resolver o conflito.

"Há uma pequena diferença que está em vias de ser solucionada", garantiu o ministro argentino, quem especificou que a decisão final depende das autoridades provinciais. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCapitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasIndústria do petróleoInvestimentos de empresasPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor