Brasil apresenta documento a FMI sobre cálculo da dívida
País vai apresentar ao Fundo um documento técnico em que defende mudanças no cálculo da sua dívida bruta
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2013 às 19h30.
Washington - O Brasil começará nesta quinta-feira, 24, uma série de reuniões com o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) e vai apresentar um documento técnico em que defende mudanças no cálculo da sua dívida bruta. Os encontros terminam na sexta-feira, 25, mas não devem trazer novidades ainda, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que está em Washington para participar das conversas.
Após as reuniões desta semana, o FMI deve avaliar o documento brasileiro por algum tempo e Holland disse que uma nova rodada de reuniões será marcada. "O Fundo superestima nossa dívida bruta", disse a jornalistas, destacando que isso pode comprometer a percepção sobre a situação fiscal do País.
O documento que o Ministério da Fazenda vai apresentar nas reuniões, segundo Holland, mostra que a metodologia de cálculo do Brasil é mais consistente. "Nosso conceito de dívida é muito mais sensível aos esforços fiscais que são feitos." A dívida bruta é um indicador de solvência formado pela soma de todos os passivos do governo e de empresas estatais e é um dos mais observados por analistas internacionais para avaliar a situação das contas públicas de um país.
Pelo critério do Brasil, a dívida pública é de 59,3%, mas pelo do FMI, o País deve terminar o ano com uma dívida de 68,3%, nível mais alto nos mercados emergentes. A diferença é que o FMI usa na metodologia todos os títulos emitidos pelo Tesouro e que estão em poder do Banco Central. O Brasil, por sua vez, só considera os títulos que o BC usa para fazer as chamadas operações compromissadas, um instrumento de política monetária para encolher a liquidez do mercado.
Em julho, o ministro Guido Mantega enviou uma carta à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, pedindo a revisão do cálculo da dívida bruta. Na carta, ele defendeu que a mudança daria uma visão mais clara sobre o perfil do endividamento do País.
Washington - O Brasil começará nesta quinta-feira, 24, uma série de reuniões com o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) e vai apresentar um documento técnico em que defende mudanças no cálculo da sua dívida bruta. Os encontros terminam na sexta-feira, 25, mas não devem trazer novidades ainda, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que está em Washington para participar das conversas.
Após as reuniões desta semana, o FMI deve avaliar o documento brasileiro por algum tempo e Holland disse que uma nova rodada de reuniões será marcada. "O Fundo superestima nossa dívida bruta", disse a jornalistas, destacando que isso pode comprometer a percepção sobre a situação fiscal do País.
O documento que o Ministério da Fazenda vai apresentar nas reuniões, segundo Holland, mostra que a metodologia de cálculo do Brasil é mais consistente. "Nosso conceito de dívida é muito mais sensível aos esforços fiscais que são feitos." A dívida bruta é um indicador de solvência formado pela soma de todos os passivos do governo e de empresas estatais e é um dos mais observados por analistas internacionais para avaliar a situação das contas públicas de um país.
Pelo critério do Brasil, a dívida pública é de 59,3%, mas pelo do FMI, o País deve terminar o ano com uma dívida de 68,3%, nível mais alto nos mercados emergentes. A diferença é que o FMI usa na metodologia todos os títulos emitidos pelo Tesouro e que estão em poder do Banco Central. O Brasil, por sua vez, só considera os títulos que o BC usa para fazer as chamadas operações compromissadas, um instrumento de política monetária para encolher a liquidez do mercado.
Em julho, o ministro Guido Mantega enviou uma carta à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, pedindo a revisão do cálculo da dívida bruta. Na carta, ele defendeu que a mudança daria uma visão mais clara sobre o perfil do endividamento do País.