Economia

Brasil abre quase 60 mil vagas formais de trabalho em abril

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira

Empregos no Brasil: em abril de 2016, o mercado de trabalho formal tinha registrado a perda de 62.844 mil postos (Agência Brasil/Agência Brasil)

Empregos no Brasil: em abril de 2016, o mercado de trabalho formal tinha registrado a perda de 62.844 mil postos (Agência Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 16 de maio de 2017 às 10h54.

Última atualização em 16 de maio de 2017 às 18h33.

São Paulo - O Brasil abriu 59.856 vagas formais de trabalho em abril, melhor resultado para o mês desde 2014, e voltou a registrar uma leitura positiva após perdas em março, o que pode indicar alguma recuperação inicial

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira, sete dos oito setores apresentaram crescimento no nível de emprego em abril.

A maior abertura de vagas foi registrada por serviços, de 24.712. Já a agropecuária registrou criação de 14.648 postos abertos. Por outro lado, o único setor a registrar fechamento de vagas foi a construção civil, com um total de 1.760.

"O resultado mostra tendência clara de reversão do mercado de trabalho, mas ainda inicial. O estoque de desempregados é bem elevado, mas a tendência aponta para uma recuperação", avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Em evento nesta manhã, o presidente Michel Temer seguiu a mesma linha ao se referir ao resultado do Caged de abril como "abertura imensa de vagas" e um sinal da recuperação da economia.

Entretanto, no acumulado em 12 meses, o país ainda registra perda líquida de 969.896 de vagas.

Em março, o Brasil havia registrado perda líquida de 63.624 vagas formais de emprego, voltando ao vermelho após resultado positivo de fevereiro. No primeiro trimestre, foram fechadas 64.378 vagas.

O mercado de trabalho ainda sofre para se recuperar de dois anos de profunda recessão econômica, o que por sua vez afeta com força os setores de serviços e varejo. A retomada das contratações deve demorar mesmo diante de alguma melhora econômica, já que as empresas têm capacidade ociosa a preencher primeiro.

Os dados mais recentes do IBGE mostram que a taxa de desemprego brasileira fechou o primeiro trimestre em 13,7 por cento, novo recorde histórico e com contingente de mais de 14 milhões de pessoas sem emprego.

O setor de serviços foi o que registrou melhor resultado em abril deste ano, com um saldo de 24.712 contratações, seguido pela agropecuária (14.648); indústria de transformação (13.689) e comércio (5.327).

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